Por Andre Tanabe
Não é novidade que de uns anos para cá a DC tem sofrido para adaptar seus mais famosos heróis para as telonas, mas uma luz se ergue na escuridão, “Aquaman” veio para mostrar que o universo da editora ainda tem esperança e traz um novo ar para esse mundo. O filme chega nessa quinta-feira aos cinemas, e é dirigido por James Wan e com roteiro de Will Beall e David Leslie Johnson.
Aquaman sempre foi ridicularizado por ser aquele personagem meio “inútil” nas animações dos Super Amigos, por causa da sua habilidade de “falar com os animais marinhos”, mas nos olhos de James Wan o herói toma a sua forma definitiva, interpretado por Jason Momoa, o ator traz para o personagem um ar mais “badass” para o personagem, coisa que já estava sendo feita desde sua aparição em “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, e ao mesmo tempo ser carismático.
Na trama acompanhamos Arthur Curry reencontrando Mera, juntos eles precisam impedir o meio-irmão de Arthur, Orm, de iniciar uma guerra entre a superfície e Atlântida, Arthur é forçado a encarar o seu passado e a aceitar seu lugar como a ponte entre dois mundos. Em sua jornada ele descobre o passado de sua mãe a Rainha Atlanna e reencontra velhos amigos como o conselheiro Vulko. Em sua aventura somos agraciados com as maravilhas do mundo submarino de uma forma como jamais foi vista nos cinemas, e se alguém merece agradecimentos por essa nova faceta, é James Wan.
Os planos-sequência e as cenas de ação são um deleite para os olhos, com um modo de filmagem inovador que ajuda a realçar tudo aquilo que sentimos ao testemunhar uma cena de luta ou de Atlântida. A direção de arte dá um visual único para a cidade submarina e para seus habitantes, é algo de tirar o folego de qualquer um, com cores nítidas e brilhantes e uma beleza sobrenatural.
Em relação aos personagens, além de Arthur Curry, de Momoa, transbordar carisma, a Mera, de Amber Heard, rouba totalmente a cena, mostrando uma personagem forte e determinada, o mesmo pode ser dito da Rainha Atlanna, de Nicole Kidman, que traz uma bagagem repleta de experiência de combate e equilibra seu papel como mãe e rainha, Willem Dafoe, traz para Vulko, um ar de mentor para Arthur, tendo seus momentos memoráveis. O lado dos vilões também conta com talentos inigualáveis. O Mestre dos Oceanos (Rei Orm), de Patrick Wilson, tem uma carga dramática e ao mesmo tempo manipuladora que remetem as peças de William Shakespeare. Yahya Abdul Mateen II dá a vida a um dos vilões mais icônicos do rei de Atlântida, o Arraia Negra, e tem momentos marcantes como o personagem trazendo para o filme uma premissa do que pode se tornar um dos vilões mais letais para o Rei dos Sete Mares e para o universo DC. O design das criaturas marinhas e dos atlantes são dignos de nota, nos fazendo ter uma total imersão nesse mundo das profundezas.
Aquaman nos apresenta um estilo diferente do que estava sendo abordado no universo DC, ele não se apoia totalmente em uma história de origem, ele revive o estilo de aventura, a jornada do herói, reaproveitando de clichês tanto dos cinemas quando dos quadrinhos, se tornando algo único. Em geral, Aquaman é um dos filmes mais promissores da DC (se não o melhor) nos cinemas, sendo uma baforada bem-vinda de esperança, tanto para os fãs quanto para o futuro do universo cinematográfico que a editora está construindo nos cinemas.
Perfeita análise… comentários realista. A indústria do entretenimento deve buscar soluções criativas mas com forte apelo aos mitos e heróis…. alguns relegados a sub … mas com caráter ….
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