Por Henrique Moita
O TEXTO PODE CONTER SPOILERS
Sim, é isso mesmo que você leu no título. Depois de um Coringa memorável do Heath Ledger, mas que vamos concordar, não chega a ser um Coringa de verdade, com todo o seu pensamento anarquista, mas ainda assim, sendo uma excelente atuação; e depois de um outro, também memorável, mas de uma maneira não tão boa, do Jared Leto, finalmente podemos falar que temos “O Coringa” que todos esperávamos, o tão aguardado e tão elogiado Coringa de Joaquin Phoenix.
Eu digo isso por um simples motivo, o Coringa é um personagem que é “apenas” louco e que não se importa com as consequências dos seus atos e mata simplesmente porque quer e “pode” fazer isso.
Porém, pode ser que você se saia um pouco frustrado do cinema. Tudo isso porque esse filme é aquele velha história de origem, porém diferente, por se tratar do vilão, sem mostrar o seu principal antagonista, o Batman. Então ele é aquele longa no qual você fica esperando ele finalmente se tornar o Coringa, sendo que isso só acontece bem no fim. Antes disso vemos todas as consequências que levaram ele a se tornar um dos terrores de Gotham. Mas o filme mostra também que ele já não era uma pessoa normal, já apresentava sinais de loucura ao longo dos anos, mas que muitas vezes passam desapercebidas.

Uma coisa a se elogiar, e muito, é a atuação de Joaquin Phoenix e a amostra de como ele se entregou, emagrecendo tanto que chega a ficar até meio esquelético. Ele nos entrega um Coringa perturbado, que até queria ser bom e fazer o bem, mas a cidade e as pessoas com a qual ele convivia não facilitaram as coisas.
Por fim, Coringa é sim tudo que você já ouviu, as partes boas e as partes ruins (que, pelo que eu vi, chegam a ser boas para quem é o personagem principal do filme). Mas vamos com calma. Ganhar o Oscar, como muitos apontam como favorito, acho muito difícil, mas pode sobrar uma premiação para Phoenix, com toda certeza. Dessa vez, sendo realmente merecida.
Uma consideração sobre “Finalmente temos O Coringa”