Hopi Hari: Ainda vale a pena?

Por Luigi Buratto e Thuane Piccolo

HISTÓRIA DO PARQUE

O Hopi Hari é um dos maiores parques de diversão da América Latina, e não só pelo seu tamanho (760 mil metros quadrados), mas também por sua história e cultura. Localizado no município de Vinhedo, no quilômetro 72 da Rodovia dos Bandeirantes, o parque se auto intitula como um país livre e independente, com seu próprio idioma (o Hopês) e personagens, o que faz com que a temática abordada no parque seja única.

O parque foi fundado em meados de 1999, inspirado pelos parques temáticos Magic Kingdom da Disney e desde então sofreu significativas mudanças em sua gestão.

Até 2008, cerca de 15 milhões de pessoas já haviam passado pelo parque, e estima-se que esse número tenha dobrado até então. Porém, mesmo com todo esse volume, o saldo ficava no vermelho. O Hopi Hari se afundava em dívidas, com empréstimos, escândalos, acidentes fatais e após quase ir à falência e entrar com pedido para uma recuperação judicial em 2016, o atual presidente (maio/19) Alexandre Rodrigues, tomou a difícil missão de retomar o parque e reerguê-lo.

Foram anos difíceis e com um futuro incerto, que gera a pergunta entre os antigos e novos frequentadores do parque: “Ainda vale a pena visitar o Hopi Hari”?

2020, UM NOVO COMEÇO

Visitamos o parque na primeira semana de fevereiro de 2020, com baixas expectativas, já que as notícias que ouvíamos eram sempre negativas, e nos deixavam apreensivos quanto à segurança e manutenção dos equipamentos.

Apesar de ser verão e época de férias escolares, em pleno sábado, o parque estava relativamente vazio. Tanto que, mesmo com a pulseira vip para pular as filas dos brinquedos, nós nem precisamos realmente utilizá-la, já que cada fila não durava mais do que 30 minutos.

Ficamos surpresos com a quantidade de brinquedos disponíveis, com relação aos anos anteriores, em que nos deparávamos com apenas algumas atrações livres, enquanto as outras tinham falhas técnicas e estavam fechadas para manutenção, desta vez todos os brinquedos que fomos estavam abertos. Como não haviam muitas filas, conseguimos ir várias vezes em cada atração e pudemos aproveitar o parque ao máximo.

Quanto ao quesito segurança, nota-se nitidamente que o parque está investindo em treinamento de seus funcionários, para garantir que eles façam dupla checagem na hora de realizar os procedimentos antes de liberar o público, e isso nos dá um certo alívio.

A manutenção acontece em tempo real, eles testam os brinquedos várias vezes ao longo do dia, e em cada parada técnica. Algumas vezes precisamos esperar alguns minutos a mais para que eles façam uma nova verificação de determinada atração, e apesar de aumentar o tempo de espera, com certeza nos garante um pouco mais de conforto. O estado dos brinquedos não é 100%, algumas atrações certamente precisam de uma repaginada, uma nova pintura, novos bancos…

O parque conta com 5 áreas distintas, Kaminda Mundi, Mistieri, Wild West, Looney Tunes e Liga da Justiça. Todas elas são tematizadas de acordo com seu “folclore”.

O que mais nos interessou, além das atrações fixas, foram as atividades e “shows” ao vivo que o parque oferece. Desde peças de teatro para crianças e adultos, “Wild West Spetakular” e o espetáculo inédito “Dino: um dinossauro de verdade”, a shows com celebridades do mundo da música, o parque se reinventa transformando seu cotidiano numa agitada metrópole.

NOVIDADES

Entre as novidades de 2020, podemos citar o novo simulador de montanha-russa “Virtual Montezum”. Uma atração 100% projetada pelo parque, cujo objetivo é de proporcionar aos visitantes a sensação de estar na montanha-russa, mas que não podem usar o brinquedo real por problemas de saúde, altura insuficiente ou por medo

Shows e eventos marcam o calendário de 2020 como um ano que promete aos visitantes um local repleto de artistas e histórias diferentes pra contar. Em fevereiro o parque apresentou em sua nova temporada de verão “Hopi Verani”, Simone e Simaria, Gustavo Mioto, Alok, Ludmilla e prometeu um autêntico desfile de escola de samba entre outras atrações.

DESFECHO

O Hopi Hari começa 2020 com o pé direito, fazendo apostas altas, e diminuindo consideravelmente o furo das gestões anteriores. Mesmo com alguns pontos de melhoria para acertar, como ampliar o marketing de suas atrações e uma melhor manutenção dos brinquedos, o parque está se reerguendo como proposto, e nós respondemos à pergunta do título: “Sim, vale a pena visitar o parque e ter uma dose nostálgica dos brinquedos como eles foram em seu auge, e ainda presenciar um local muito ativo, com festas divertidas e atrações para todas as idades”.

O Parque terminou o ano de 2019 com os seguintes balanços:

Visitantes

· 2018: 553.499

· 2019: 732.822

Receita total

· 2018: R$ 55 milhões

· 2019: R$ 75 milhões

Saldo

· 2018: R$ 20 milhões em dívidas

· 2019: R$ 6 milhões em dívidas

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