‘Godzilla vs Kong’ entrega bem aos espectadores no quesito ação e espectadores ficarão dúvida para quem torcer no final
Por Antonio Lemos

Confesso que anteriormente não tinha assistido aos filmes do King Kong e Godzilla. Achava “bobinha” a história, mas quando veio o convite de acompanhar o embate desses ‘Titãs’, procurei ver os longas anteriores para não ficar perdido. Não fiquei convencido com os títulos anteriores, e a ideia da Warner Bros. de colocá-los frente a frente em seu “Monstroverso” valeu pelo entretenimento, principalmente pelo fato dos dois monstros distribuírem socos, pontapés, golpes e explosões para todos os lados.
Antes de falar sobre ‘Godzilla vs Kong’, vamos aos antecedentes. Godzilla é uma criatura que vem aterrorizando as cidades japonesas e posteriormente as demais localidades do mundo, e tem como rivais um bestiário de monstros gigantes, das mais diversas habilidades e preza pelo equilíbrio do planeta. Ou seja, ele não é ameaçado desde que alguém pise em seu calo e comece a quebrar tudo.
Já Kong recebeu “trocentas” versões além da clássica, aquela da famosa cena em que fica no topo do Empire States protegendo sua amada. Também precisou enfrentar monstros gigantes, inclusive o lagartão, onde sai vitorioso.
O filme começa com Kong preso em uma redoma na Ilha da Caveira, um cenário bem parecido com o filmaço ‘O Show de Truman’, onde o personagem de Jim Carrey ficava preso em outro mundo, enquanto pessoas o assistiam ao estilo dos realitys shows, nas quais paramos para assistir. Jia (Kaylee Hottle), garota surda e sob responsabilidade da Dra. Ilene Andrews (Rebecca Hall), é o principal elo de comunicação com Kong por meio de sinais, e com isso, formou um vínculo muito próximo. A equipe de Andrews entendia que não poderia soltá-lo senão seria alvo fácil de Godzilla.
Por falar no réptil gigante, ele estava quieto, ‘na sua’, quando foi incomodado pela Apex Cybernetics e começou a quebrar tudo que via pela frente. Madison Russell (Millie Bobby Brown), filha de Mark Russell (Kyle Chandler), passou a suspeitar dos motivos que o levaram para tal revolta, alegando que o monstro é bom e não causaria pânico. Ela procurou Brian Henry (Bernie Hayes), um cientista com laços profundos com a Apex e criador de um podcast que investiga sobre a corporação, para saber o que estava por trás dos ataques.
O “Team Kong” acreditava que o único ser que poderia bater de frente com Gozilla era o seu macaco gigante, então, resolveram levá-lo para explorar a Terra Oca, um local no subterrâneo, próximo do núcleo da Terra, onde acredita-se que seja o berço dos titãs. E de fato, o local guarda segredos e evidências de uma guerra na qual os dois saíram como sobreviventes. A intenção de levá-lo via transporte marítimo fluía bem até o primeiro round dos ‘Titãs’. Com direito a trocação, altas ondas e explosões de embarcações, o réptil levou a melhor e saiu nadando como se não tivesse acontecido nada. Restou ao grupo de cientistas continuar sua expedição pelo ar, com Kong amarrado em redes com vários helicópteros fazendo o trajeto.
Enquanto a equipe de Andrews chegava a Terra Oca, local onde Kong se sentia em casa, o “Team Godzilla” liderados por Madison, Henry e o atrapalhado Julian Dennison (Josh Valentine) foram para a Apex e pararam em Hong Kong ao entrarem em uma cápsula, onde descobriram que outras versões do réptil estavam prontos, inclusive um robô, bem parecido com algum “zord” dos Power Rangers, o MechaGodzilla.
Bem, o objetivo em levar o embate dos titãs é feito com sucesso. Além da batalha marítima, os dois se reencontram na Terra Oca, e dá-lhe socos, chutes e pancadaria. Ninguém queria entregar nada de graça e os efeitos especiais tanto nas lutas diurnas quanto as noturnas não deixam a desejar, e dá vontade de vestir a camisa do monstro preferido. O Godzilla nível “zord” também entra nessa rinha, tão poderoso que é movido pela mente humana e o final deixarei para os senhores assistirem, onde independente do vencedor ou perdedor, a sensação é de satisfação ao término do filme.
Para quem procura drama, ‘Godzilla vs Kong’ não é indicado, pois a história é bem “bobinha” como disse na introdução. Agora, se a opção é ver dois monstros com altura descomunal, pancadaria e efeitos especiais, o blockbuster é recomendado, ainda mais pela escassez de estreias nas salas de cinema pelo Brasil afora.