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ALÉM DE ENTRETENIMENTO, “POSSO EXPLICAR” TAMBÉM É CONHECIMENTO! CONFIRA CURIOSIDADES APRESENTADAS NO PROGRAMA

Já disponível no Disney+, a produção original 100% brasileira tem como objetivo trazer temas da ciência para o nosso dia a dia de forma leve e bem-humorada

‘Posso Explicar’ leva conhecimento e humor para o streaming. (Foto: divulgação)

Apresentado pela atriz e humorista Miá Mello, “Posso Explicar” é o primeiro talk show científico do Brasil e a primeira produção nesse formato disponível no Disney+. Muito além de oferecer entretenimento e receber convidados especiais, como Mônica Martelli, Fábio Porchat, Vitão, Maria Bopp e Sabrina Sato, o programa também traz curiosidades e informações interessantes, com o embasamento científico do cientista Allan Rodrigues, professor de física descolado que tornará a ciência fácil de entender para a apresentadora, seus convidados e o público de casa. Confira alguns exemplos abaixo!

O que fazer em um desastre nuclear?

Logo no primeiro episódio, vemos Miá Mello e Fabio Porchat tentando descobrir o que fazer para se salvar caso ocorra um desastre nuclear, no quadro “Tomara Que Você Não Precise?”. A resposta correta é se esconder em um ambiente fechado, como um porão, e ficar lá por alguns dias. Além disso, é recomendado comer apenas alimentos enlatados.

Datas históricas

Já no quadro “Datas Históricas”, Miá Mello e os convidados precisam descobrir o que aconteceu em determinado dia. Pode ser um grande acontecimento científico ou alguma outra coisa trivial. A ideia é mostrar como algumas invenções são muito mais recentes – ou antigas – do que a gente pensa.

Curiosidades do cinema x ciência

No programa, também descobrimos que Tom Cruise ficou 6 minutos sem respirar debaixo d’agua, na gravação de uma cena de Missão Impossível 5. À época, Cruise disse que tinha treinado exaustivamente para conseguir esse feito e o cientista Allan Rodrigues explica que, como o corpo humano é 100% adaptável, com intenso treino mental e físico todo mundo pode conseguir fazer isso também. “Fisicamente falando, quando você vai para um lugar com menos oxigênio, o corpo produz mais hemoglobina, que é o que transporta o oxigênio no corpo. Para ficar sem respirar debaixo d’agua por muito tempo, é preciso induzir e estimular o corpo a produzir mais hemoglobina”, explica o cientista. Entretanto recomendamos que ninguém tente reproduzir isso sem a ajuda de especialistas.

Criação da internet

Você sabia que a internet foi criada em 1969, nos Estados Unidos? Allan Rodrigues conta que na época a tecnologia era chamada de Arpanet e tinha como função interligar laboratórios de pesquisa pra poder enviar informações de maneira mais rápida. Em 29 de outubro daquele ano foi enviado o primeiro email da história, conectando a Universidade da Califórnia à Universidade de Stanford.

Travesseiro da Nasa

No oitavo episódio de “Posso Explicar”, aprendemos que o famoso travesseiro da Nasa realmente foi criado para ser usado no espaço pelos astronautas. Entretanto, o travesseiro tinha um cheiro muito forte de poliuretano, um dos componentes usados em sua fabricação, e o uso dele foi descartado pela Agência Espacial Norte Americana. Com isso, a empresa que criou o produto conseguiu baratear o custo de produção e começou a vender o travesseiro para o público geral.

Mundo animal

Durante os episódios do programa, aprendemos também várias curiosidades sobre o reino animal. Por exemplo, você sabia que a primeira calopsita do mundo foi registrada em 1792? A descoberta aconteceu na Australia, mas apenas na década de 70 que a espécie chegou no Brasil. Outra curiosidade apresentada sobre a fauna brasileira é que existe uma espécie de enguia com o choque mais forte já registrado num ser vivo: 860 volts.

Música no espaço

No episódio com o cantor Vitão, descobrimos que o astronauta italiano Luca Parmitano tornou-se o primeiro DJ a tocar no espaço. Ele se apresentou ao vivo da Estação Espacial Internacional em uma transmissão de vídeo para o público de um cruzeiro no Mediterrâneo. Parmitano aprendeu a tocar antes de ir para a estação.

A origem dos olhos

Há mais de 540 milhões de anos, os olhos dos animais eram apenas pequenas cavidades com a habilidade de detectar a luz. Mas, no episódio com o influenciador Felipe Castanhari, descobrimos que os olhos humanos vieram do processo de evolução e “surgiram” no reino aquático, com o objetivo de enxergar embaixo d’água. Inclusive, nós piscamos o tempo todo justamente para umedecer os olhos e não deixar ressecá-los.

O peso na torrada

Sabe por que o pão ou a torrada sempre caem do lado que você passou a manteiga? A resposta é pura física: o peso do alimento é o mesmo em ambos os lados, mas aumenta depois de passar a manteiga. Logo, quando ele faz a rotação em direção ao chão, a tendência é que caia com o lado mais pesado virado pra baixo.

Três fatos que a série Stranger Things pode ensinar sobre estudos científicos

Especialista em conteúdos acadêmicos comenta fatos científicos derivados da série que atingiu a marca de 64 milhões de espectadores em menos de um mês na Netflix

Stranger Things. (Foto: divulgação)

O teaser da próxima temporada de Stranger Things foi divulgado recentemente. A série aborda diversas questões sobre um mundo paralelo em que ocorrem experiências científicas de natureza diversa. Pensando nisso, Leandro Reinaux, CEO da Even3, startup que simplifica eventos online e conta com uma frente dedicada à veiculação de trabalhos acadêmicos, abordou 3 fatos científicos derivados de episódios que reforçam a importância das pesquisas e divulgações científicas.

Para Leandro, a divulgação científica tem como objetivo tornar a educação e o conhecimento mais populares, viabilizando melhorias significativas no dia a dia. “Por isso, na Even3, temos uma frente dedicada à veiculação de trabalhos acadêmicos, para publicação de artigos, trabalhos e pesquisas científicas, com objetivo de promover a conexão entre pessoas e conhecimentos”, comenta o CEO. Confira abaixo alguns exemplos tirados de Stranger Things:

Mundo invertido: Realidades Paralelas

Em Hawkins, cidade que se passa a série, o “Mundo Invertido” é como o real, porém, apresentado de uma forma sombria. Lá vivem diversas criaturas desconhecidas, sendo possível o contato delas com o mundo real em momentos específicos. E essa concepção vem de uma teoria real da física chamada: A Interpretação de muitos mundos (ou IMM). É uma interpretação da mecânica quântica que propõe a existência de múltiplos “universos paralelos”.

O Buraco de Minhoca

O termo buraco de minhoca (wormhole em inglês) foi criado pelo físico teórico estadunidense John Archibald Wheeler em 1957 e vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Pela lógica, um viajante que passasse por um buraco de minhoca pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel incomum, e, com isso, podemos concluir que o Buraco de Minhoca é uma forma de acessar uma dimensão diferente da nossa.

Esse ponto de vista é abordado por Albert Einstein e Nathan Rosen. A partir da Teoria da Relatividade Geral, supondo que esse caminho entre as dimensões se concretizasse, uma viagem no tempo e no espaço seria possível, realizando o sonho de vários filmes de ficção científica.

O Campo magnético da Terra

O professor Clarke explica que não é possível fazer viagens interdimensionais devido à enorme quantidade de energia necessária. Porém, um dos meninos observou que a bússola estava sempre apontando para o laboratório, o que nos leva a definir que a abertura de um portal no espaço-tempo precisa de muita energia, gerando um campo magnético próprio atraindo a bússola. Portanto, a produção desse campo magnético em uma menor escala pelos Buracos de Minhoca é o que torna possível encontrar esses portais que ligam as dimensões em Stranger Things.

Lembrando que o único que pode ser provado é o Campo Magnético pelo uso da bússola, por exemplo. Tanto a Teoria das Realidades Paralelas quanto o Buraco de Minhoca se apresentam como um campo muito fértil de estudo na Física.