Arquivo da tag: Luigi Buratto

LOKI – A SERIE DO DISNEY PLUS – PRIMEIRAS IMPRESSÕES E O QUE ESPERAMOS DOS PRÓXIMOS EPISÓDIOS

Por Luigi Buratto

Loki chega ao Disney+. (Foto: divulgação)

Uma das mais aguardadas séries da nova fase da Marvel e seu universo expandido, com certeza a do infame “vilão”, Loki. Após o sucesso de WandaVision (2021), a Disney parece ter acertado a mão no que se diz respeito a questões místicas e temas complexos como o próprio tempo.

A série estreou hoje (09) e nós pudemos assistir em primeira mão, não só o primeiro episódio, mas também o segundo.

Então se ajeita na cadeira, pega um suquinho e vem conferir o que a gente achou (SEM SPOILERS).

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

A trama da série se dá após os eventos de Vingadores: Ultimato (2019), na qual Loki escapa usando o Tesseract. Tal ação chama atenção de uma companhia que preza em proteger a linha do tempo, a Autoridade em Variação Temporal, ou TVA na sigla em inglês, e capturam quaisquer “anomalias” que fujam demais do seu caminho predestinado, podendo criar eventos que abririam novas linhas do tempo, criando multiversos e trazendo o caos para o fluxo temporal.

Mas você deve estar se perguntando: “Como que esses caras apareceram só agora?”

Não se preocupe jovem gafanhoto, tal pergunta é respondida dentro da série. Mas a liberdade criativa dos diretores ao falar de assuntos complexos como linhas temporais é sempre extrapolada, então teremos respostas bem abrangentes, que as vezes parecem uma desculpa apenas para se encaixar no tema da série. Não que isso seja ruim, afinal de contas, mas prefiro uma explicação meia boca do que nenhuma.

Ao longo da história, vamos explorar aspectos do personagem Loki que nunca havíamos visto antes, pois nunca tivemos a sua perspectiva dos fatos, sua visão de mundo. O carisma de Tom Hiddleston ao interpretar o protagonista é, sem sombra de dúvidas, o ponto alto da série, como sempre foi nos filmes na qual era apenas o antagonista ou coadjuvante. Ele é sarcástico, narcisista, arrogante, típico de um Deus da Trapaça, mas também vemos outras facetas do personagem, já que na prisão alguns aspectos de sua personalidade são aflorados.

Tom Hiddleston e Owen Wilson tem uma dinâmica muito boa. (Foto: divulgação)

A dinâmica de Loki com o Morbius (Owen Wilson), agente encarregado de lidar com sua prisão, é muito boa e podemos notar que vai rolar uma evolução de ambos os personagens ao longo da série.

Na prisão, personagens antigos aparecem em formas de memórias gravadas, na qual Loki pode interagir, revendo sua trajetória em Asgard e na Terra, momentos antes de ser capturado, até ter vislumbres de seu futuro e qual seria o final esperado de seu papel. O personagem vive questionando o certo e o errado e defendendo que cada um deveria ter o livre arbítrio para decidir o seu próprio destino. Isso leva a linhas de conversa muito interessantes sobre a criação do universo e as divindades por trás de tudo.

Mas afinal, quem seria o grande vilão da série? Logo no primeiro episódio somos introduzidos a uma “anomalia” temporal que está matando diversas unidades da TVA, causando um estrago nas linhas do tempo. O Agente Morbius tem a perigosa ideia de usar Loki como seu aliado, para que ele possa ajudar na busca desta ameaça misteriosa. Será mesmo possível confiar no Deus da Trapaça? Um dos seres mais ardilosos que já andou sobre este mundo?

A série entrega uma temática totalmente nova, pensa fora da caixa e tem potencial para mudar toda a estrutura do universo cinematográfico da Marvel. A atuação do Tom é maravilhosa, ele entrega um Loki completamente único e icônico com cenas de comédia sutis, porém divertidas.

Assim como WandaVision, Loki é uma série promissora e cheia de mistérios. Cada episódio vai aos poucos revelando uma trama sinistra que muito provavelmente deve terminar com um escândalo que terá sequência somente nos filmes, e nós não vemos a hora de poder desenrolar essa linha do tempo.

O QUE PODEMOS ESPERAR DOS PRÓXIMOS EPISÓDIOS?

Com o conceito de linhas do tempo e multiverso em mãos, a Marvel tem todas as cartas na manga para abrir de vez a fase 5, inaugurando filmes como “Aranhaverso” e ampliando as viagens no tempo e universos paralelos.

A ideia de criar séries para explorar questões tão difíceis de serem abordadas em filmes de no máximo duas horas de duração foi genial por parte do estúdio, isso é algo que tem dado muito certo.

Esperamos que no desenrolar de Loki, a Marvel mostre mais sobre as entidades cósmicas chamadas de “Guardiões do Tempo”, que ao criar novas linhas do tempo não seja de forma bagunçada. Se existem múltiplas realidades, tratemos elas como realidades, e não tempos diferentes de uma mesma realidade, pois isso confunde demais o cérebro dos espectadores.

Também é de se esperar que existam participações especiais na série, não só em flashback ou memórias gravadas. Um dos nomes de peso que está surgindo rumores de uma possível aparição, é o “meio irmão” do trapaceiro, o Deus dos Trovões, Thor. Mas acredito que não necessariamente o mesmo Thor que nós vimos no término de Vingadores: Ultimato, talvez uma versão diferente, de outra realidade. Talvez até mesmo Natalie Portman como Thor, dando uma introdução ao novo filme Love and Thunder(?).

As teorias são imensas e o final do segundo episódio deixa um gancho enorme para ver o terceiro e querer acompanhar o desfecho dessa história. Temos certeza apenas de uma coisa, Loki já está se consagrando como um dos melhores “vilões que amamos odiar” e deixa sua marca tanto nas telas do cinema, quanto na televisão.

MORTAL KOMBAT REUNE OS MAIORES GUERREIROS DO UNIVERSO EM UM COMBATE VIOLENTO E SANGUINÁRIO – A HISTÓRIA COMPLETA

Por Luigi Buratto

As lutas do novo Mortal Kombat surpreendem. (Foto: divulgação)

Primeiro de tudo: não acredite em tudo que você lê na internet. Parece um jeito meio bizarro de iniciar uma crítica que será postada na internet, mas eu digo isso porque cada espectador precisa ter suas próprias conclusões a respeito do filme, e se você tiver lido algumas matérias, por conta do lançamento antecipado na HBO Max (que ainda não tá disponível no Brasil), provavelmente se deparou com muito ódio e negatividade, notas absurdamente ruins e talvez tenha até perdido a vontade de assistir.

Pois eu lhes digo, fui ao cinema com essa mesma sensação de medo e me surpreendi. O filme não é uma obra de arte, digna de entrar para a história das bilheterias, mas tem seus pontos fortes, que na minha opinião, superam os fracos.

Então dê uma chance para Mortal Kombat e leia a nossa crítica completa, passo a passo do filme, para relembrar quem já viu, e dar spoilers pra quem quer saber como é o filme.

ATENÇÃO, O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS SOBRE O NOVO FILME “MORTAL KOMBAT”.

VOCÊ FOI AVISADO!

Sub-zero é o grande vilão do novo Mortal Kombat. (Foto: divulgação)

PRÓLOGO – A QUEDA DE HANZO HASASHI

O filme começa no Japão Feudal, em 1617, mostrando a família de Hanzo Hasashi (Hiroyuki Sanada), líder do clã Shirai Ryu, sendo brutalmente assassinada por Bi-Han (Joe Taslim), do clã Lin Kuei. Como rivais, o objetivo de Bi-Han era exterminar toda a linhagem de Hanzo, pois ele era considerado o ninja mais poderoso que existia. No entanto, no momento do massacre, ele não estava na aldeia, estava buscando água em um riacho próximo. Quando volta e percebe a chacina e vê sua esposa e filho mais velho assassinados, Hanzo entra em um frenesi assassino e promete se vingar de Bi-Han, matando um por um de seus companheiros, mas eventualmente acaba perdendo a luta, já que seu rival possui poderes místicos de gelo. Nestes primeiros minutos do filme, já somos agraciados com ótimas cenas de luta, com artes marciais e muito sangue.

Quando Bi-Han acha que finalmente eliminou toda o legado da família Hasashi e se livrou de uma vez por toda dos Shirai Ryu, ele parte, deixando o corpo de Hanzo pra trás. O que ele não sabe, é que a alma de Hanzo é enviada ao submundo, prometendo vingança e aguardando ser libertada.

Raiden (Tadanobu Asano) que é considerado um Deus Ancestral então aparece e observa a marca onde estava o corpo de Hanzo. Ele entra na cabana de sua família e ouve o choro de uma criança. Quando abre um baú escondido, encontra a filha bebê que foi colocada lá por sua mulher, antes de ser friamente assassinada (literalmente).

Ele então pega essa criança e desaparece num portal de raios, prometendo proteger ela e sua linhagem.

Jax com seus braços de metal. (Foto: divulgação)

O ÍNICIO – O TRIO IMPROVÁVEL

Cole Young (Lewis Tan) é o nosso protagonista. Um ex-lutador de MMA que agora vive ganhando uma pechincha aceitando umas rinhas de quinta categoria e ainda perde as lutas por não ter muita técnica. Ele é o único personagem que não está nos jogos e foi introduzido no universo do filme, justamente para representar os espectadores leigos, que assim como ele, não sabem nada sobre Mortal Kombat… Ainda.

O personagem possui uma peculiar marca de nascença no formato de um dragão na barriga, e isso traz à tona a curiosidade de nosso antagonista preferido, Bi-Han, que após séculos, ainda continua vivo e agora utiliza o nome de Sub-Zero, trajando uma roupa diferente e uma máscara. Ele está caçando todos os humanos que possuem a marca do dragão, para que sejam impedidos de lutar no torneio do Mortal Kombat, a mando do feiticeiro Shang Tsung (Chin Han), que será explicado melhor em breve.

Do lado dos mocinhos, tentando proteger estes humanos com a marca de dragão temos o sargento militar Jax Briggs (Mehcad Brooks), que estava seguindo Cole na tentativa de recrutá-lo e então adquirir mais conhecimento sobre as pessoas com marca de dragão. Ele consegue salvá-lo bem no momento em que Sub-Zero entra em cena, utilizando seus poderes criogênicos, em uma ótima cena cheia de efeitos visuais incríveis, fazendo chover pedaços enormes de gelo, que matam qualquer um que estiver em seu caminho.

Quando são encurralados, Jax avisa Cole para que leve sua família para longe dali, pois seriam mortos sem pestanejar, e dá o endereço de uma amiga que pode explicar tudo que está acontecendo, ela é Sonya Blade (Jessica McNamee), sua parceira do exército, que está estudando e rastreando as pessoas com essa marca, pois assim como Cole, Jax também possui uma.

Cole é o protagonista de Mortal Kombat. (Foto: divulgação)

Cole então parte do local, fugindo com sua família para longe, enquanto Jax se dispõe para enfrentar o temível inimigo. Sub-zero o atrai para um prédio abandonado, onde após alguns minutos de luta, realiza o primeiro “fatality” do filme, congelando e arrancando os braços do soldado e o deixando para morrer. Essa cena é de arrepiar e lembra muito os jogos, é brutal e visceral, nos fazendo dar um sorriso macabro de quem identifica as referências dos movimentos iguais ao game.

Quando Cole chega ao local de encontro, após deixar sua família em segurança em uma fazenda, ele encontra Sonya em um trailer, juntamente com Kano (Josh Lawson), um mercenário, traficante, líder de uma organização criminosa conhecida como ‘O Dragão Negro’, o personagem mais cômico e com personalidade do filme inteiro. Ele foi preso após matar um dos humanos com a marca de dragão que ela estava perseguindo.

Ao contrário de Cole, que é o único humano até então que nasceu com a marca do dragão, devido à sua linhagem desconhecida, todo o resto que a possui roubou de alguém derrotando esse oponente em batalha. Logo, Kano agora possui a tal marca também.

Sonya então explica a Cole toda a história envolvendo as marcas e conta que quem as possui é convocado para um torneio, chamado Mortal Kombat, na qual deverão lutar até a morte com os campeões da Exoterra (que é outro mundo) para proteger o plano terreno. Tudo isso ela evidência em um mural de investigações, que fica na parede de seu trailer, e mostra várias referências de deuses ancestrais como Shinok e o guerreiro Shao Kahn. Ali você tem que pausar bem pra pegar todos os “Easter Eggs”.

Em outra cena, vemos Sub-Zero retornando para a Exoterra (local onde está o tal feiticeiro Shang Tsung) e avisando que não conseguiu pegar Cole, mas que eliminou mais um humano com a tal marca (o Jax). Shang Tsung então pede para que outro oponente, Syzoth, vá até o local onde os humanos estão (e eu não faço ideia de como ele sempre sabe o paradeiro deles). Este novo guerreiro é de uma raça de homens lagartos e sua aparência é bem diferente do que os fãs estavam esperando, lembrando que ele é o nome do ninja Reptile nos games. O personagem está com um aspecto mais animalesco, o que na minha opinião ficou muito legal, pois a cena de combate a seguir é ótima e me lembra o “Alien vs Predador”.

O plano de Shang Tsung é eliminar os competidores humanos antes da competição iniciar, para então ganharem de W.O e ele finalmente conseguir tomar o controle da Terra, pois já estão a nove torneios invictos e aparentemente, de acordo com as regras, mais uma vitória, garantiria a ele este direito.

Então Reptile chega ao Q.G onde estão nossos mocinhos e aí começa uma porradaria animal entre Sonya e Cole com um lagartão invisível que cospe ácido. Eles são rapidamente derrotados, mas para sua salvação, Kano consegue utilizar o ácido do oponente pra derreter as correntes que o prendia, e então consegue derrota-lo realizando um segundo “fatality” e dizendo a famosa frase “Kano Wins”. Essa luta é espetacular e nos faz cada vez mais gostar do personagem, apesar de ele ser um babaca.

Mortal Kombat chega hoje aos cinemas. (Foto: divulgação)

MEIO – VOCÊ DEVE ACHAR SUA ARCANA

Sonya conta para a dupla que os guerreiros que possuem a marca devem se encontrar no grande templo do mestre Raiden, porém não faz a menor ideia de como chegar lá. Então somos surpreendidos mais uma vez por Kano, que revela já ter feito alguns negócios ilegais por essas bandas. Porém, só aceita guia-los até o local após ser comprado com a promessa de três milhões de dólares (que é uma total farsa de Sonya).

Eles chegam no deserto e rola uma luta besta entre Sonya e Kano, onde a loira vence e fica a ponto de matá-lo com a ponta da faca em seu pescoço, mas logo são interrompidos quando Liu Kang (Ludi Lin) os acha e diz que esperava os guerreiros havia algum tempo.

Eles são introduzidos ao templo e mais algumas explicações sobre o torneio são dadas. Sonya encontra Jax desacordado e sem os braços em uma maca e Liu Kang explica que estava rastreando-o, porém chegou tarde demais. Mas ele continuava vivo e os monges do local estavam fazendo tudo que podiam para trazê-lo de volta.

Mais um discípulo do mestre Raiden é revelado, Kung Lao (Max Huang), como sendo praticamente irmão de consideração de Liu Kang, um nobre vindo de uma longa linhagem de ganhadores do torneio. Mestre Raiden enfim dá as caras e percebe que sua equipe do plano terreno não tem a menor chance de derrotar os campeões da Exoterra, afinal de contas eles tem um soldado sem braços, um ex-lutador que vive perdendo e sem técnica, uma combatente militar que nem possui a marca do dragão e um mercenário falastrão que não pode ser confiável, fora seus dois melhores guerreiros shaolin.

Neste meio tempo, enquanto tá rolando introduções dos personagens, os peões de Shang Tsung se movimentam mais uma vez e são teleportados junto com o feiticeiro para o templo de Raiden, numa tentativa de acabar logo com a competição, antes deles aprenderem a lutar e formar uma equipe decente. Mas esse plano é logo frustrado pois Raiden ativa um campo mágico ao redor do templo que impede que seus inimigos avancem sobre o seu território. Ameaçador e hostil, Shang Tsung diz que sabe que aquilo não vai durar muito tempo, debocha da equipe capenga que Raiden possui e então desaparece com sua trupe.

O mestre do templo então reúne seu pessoal e, mesmo insatisfeito com a equipe, ordena que eles iniciem o treinamento de imediato, pois o torneio seria em poucas semanas e eles deveriam estar prontos para defender seu lar. Raiden explica que não pode interferir nos assuntos do plano terreno, por causa das regras dos deuses ancestrais e por isso não veremos cenas de luta com o Deus dos Trovões.

Kano percebe que logo na primeira aparição de Liu Kang, ele soltou bolas de fogo com as mãos, e manipulava o fogo facilmente, então ficou intrigado com a possibilidade de também possuir algum poder, já que compartilhava da marca do dragão, assim como o guerreiro.

Eu já falei e repito, o Kano é o melhor personagem do filme por conta do alívio cômico e suas falas ácidas e a total falta de noção e respeito com os demais membros, inclusive com o Deus Raiden, que na primeira oportunidade já o insultou e como resultado levou uma coça pra aprender a não mexer com quem não pode.

Então os discípulos explicam que quem possui a marca do dragão, recebe um dom especial que é liberado em situações onde a verdadeira natureza da pessoa é revelada. É um poder interior que desperta e essa magia é chamada de Arcana. Eu achei bem legal a forma como eles introduziram esse papo de super poder, já que no jogo nós não temos a menor ideia de onde surgiram. Liu Kang explica que conseguiu sua Arcana, a dominação do fogo, quando caçou e matou um traficante de humanos, em especial crianças, das quais ele torturava e matava.

Kung Lao, como vem de uma família cuja herança sempre teve a marca do Dragão, provavelmente nasceu com ela, assim como Cole, e o Jax conseguiu a marca dele derrotando um oponente em combate, enquanto ainda estava no exército.

Após explicado como a Arcana funciona, o treinamento de Cole e Kano começa, já que Sonya não possui a marca e não poderia enfrentar os campeões no torneio e Jax ainda não estava acordado.

O treinamento em si não é lá grandes coisas, não espere aquelas sessões diárias de muita surra, de ensinamentos grandiosos e técnicas de combate malucas do tipo “Tira casaco, bota casaco”. É mais um exercício diário de porrada sem muita lição. Acho que o slogan do templo do mestre Raiden deveria ser: “Aqui você aprende na marra”.

Após passados alguns dias frustrantes, ambos não obtiveram sucesso desbloqueando sua Arcana, e Jax acorda de seu coma percebendo que os monges conseguiram salvar sua vida e lhe deram braços de metal. No entanto, estes braços são muito fininhos e mal suportam a força que Jax tinha antes de sofrer a mutilação. Ele até tenta treinar dando alguns socos em um saco de pancadas, mas não adianta, ele sabe que seria apenas um peso no torneio.

Em uma das cenas, os lutadores estão jantando e Kano está sendo… É… Ele tá sendo o Kano e irritando absolutamente todo mundo à mesa, tirando sarro de Kung Lao e seu chapéu. O shaolin decide então revidar os insultos e detona o mercenário, o rebaixando ao mesmo nível que um verme. Liu Kang percebe o que o seu amigo está fazendo e como isso está deixando Kano irritado e então também começa a insultá-lo e ambos fazem ele ficar possesso. O líder do Dragão Negro começa a ficar muito irritado, dizendo que eles não sabem com quem estão mexendo e fica consumido pela raiva, prometendo que iria acabar com os dois e todos presentes naquele templo, então a íris de seu olho direito começa a incandescer, uma luz vermelha começa a se propagar do seu olho e de repente ele solta um raio laser direto no peito de Kung Lao, que se defende usando seu chapéu de metal.

Kung Lao então diz que ele havia acabado de liberar sua Arcana, e sua motivação era a raiva. Kano fica muito feliz com o resultado daquilo e faz questão de esfregar na cara de seus companheiros que ele era superior pois havia desbloqueado seu poder antes deles.

Em meio a um treinamento sem resultados, o mestre Raiden decide conversar com Cole para explicar sua linhagem. Ele diz que seu sangue é compartilhado com um dos maiores guerreiros que já viveu, Hanzo Hasashi, e então explica que ele achou o bebê naquela noite do atentado e o deixou protegido em um dos lugares mais seguros que conhecia. Neste diálogo não é explicado quem era o bebê de Hanzo, mas deixa claro que Cole é seu último descendente, e não um órfão do sul de Chicago como ele achava.

Descontente com o treinamento, Raiden oferece ao lutador uma chance de retornar para sua casa, para ficar com sua família e Cole então aceita pois não acredita no seu próprio potencial.

Existe uma profecia que conta que “um grupo novo de campeões da terra serão unidos pela ascensão do sangue de Hanzo Hasashi” e enfim derrotarão os atuais campeões do torneio.

E é exatamente por conta dessa profecia, que Shang Tsung está reunindo seus melhores campeões. Entre eles estão Mileena, Nitara, o Principe dos Shokan Goro, Reiku, Sub-Zero e Kabal, cujas origens não são explicadas no filme devido ao tempo de tela.

Como eu disse anteriormente, eu não faço ideia de como o Shang Tsung sempre sabe o paradeiro dos heróis, mas ele envia Goro para eliminar Cole que agora havia saído da proteção do mestre Raiden e retornado para sua esposa e filha.

Kabal revela conhecer Kano e diz que ele faria qualquer coisa pela quantia certa, então se oferece em uma missão para tentar seduzir o mercenário com uma proposta, para que ele então traia seus companheiros e abaixe o escudo levantado por Raiden.

Dito e feito, é exatamente o que acontece. O escudo é derrubado e as forças do feiticeiro chegam com tudo, resultando em uma série de embates rápidos que resulta em uma derrota dos heróis, que são pegos de surpresa. Mas não antes de vermos mais um fatality, talvez o melhor do filme, em uma vitória perfeita do campeão Kung Lao contra a caçadora Nitara, abrindo-a ao meio com seu chapéu, idêntico ao golpe dos jogos.

Em outra cena, Cole que está de volta com sua família, desmotivado pois sabe que foi apenas um fardo para os heróis. Chega então Goro, um guerreiro gigante de quatro braços que foi enviado num propósito assassino. Aqui rola uma luta injusta,  já que ele é um dos melhores combatentes de MK, um campeão do torneio e, infelizmente ele é descartado muito rápido neste filme, por um novato que mal sabia como lutar.

Assim que a família de Cole é ameaçada pelo príncipe Shokan, sua Arcana enfim é revelada, uma armadura dourada surge como um peitoral, que acumula energia dos golpes recebidos e a libera durante os ataques, e duas tonfas, uma com lâmina, que surgem em suas mãos. Com esse novo poder, Cole consegue derrotar Goro, aplicando mais um Fatality, cortando uma de suas mãos, abrindo seu estômago e enfiando a lâmina em seu olho.

Raiden enfim se movimenta e dá uma chance de Cole se redimir, agora que ganhou sua Arcana, fazendo um portal de volta ao templo para que ele possa ajudar os guerreiros em combate.

De volta ao templo, Kano trai Sonya e Jax utilizando seu novo poder e os derrota, deixando-os à beira da morte, enquanto decepa o braço de uma estátua de pedra, que cai em cima deles. Jax não é atingido pelos escombros e se levanta procurando sua parceira, e vê que ela está debaixo de um pedregulho enorme. Utilizando de toda a força que dispõe, ele e seus pequenos braços de metal tentam levantar a pedra, mas sem sucesso, o metal de seus braços começa a quebrar e a pedra nem se movimenta. É nessa hora que a Arcana de Jax é finalmente revelada, ele continua se esforçando para tirar sua amiga debaixo do pedregulho fazendo força, então seus braços de metal começam a desenvolver partes novas, muito mais tecnológicas de robótica, assemelhando às cenas do “Homem de Ferro” quando ele assimila sua armadura ao redor do seu corpo. Fazendo jus ao porte de homem forte que ele é, os braços são muito maiores que os anteriores e resistentes, dão a ele uma super força e possibilitando levantar a pedra e salvar sua amiga.

Neste momento, Raiden percebe que não terão chance de ganhar deles ali e utiliza mais uma vez seus portais para removê-los daquele confronto desnecessário, tirando um por um da jogada. Porém quando cria um portal para Cole, Sub-Zero o ataca e interrompe o teleporte, fazendo com que ele fique pra trás. Kung Lao então desiste de entrar em seu portal e resolve ajudar o novato, jogando seu chapéu em Sub-zero e salvando o novato de uma possível morte. Shang Tsung percebe a oportunidade e avança em direção a Kung Lao despercebido, que infelizmente perece, tendo sua alma sugada pelo feiticeiro, adicionando à sua coleção.

Liu Kang que ainda estava por lá tenta salvá-lo, mas é tarde demais, Cole o puxa em direção ao último portal de Raiden e eles desaparecem.

Scorpion rouba o final do filme e sua origem é explicada. (Foto: divulgação)

FINAL – COMBATES 1×1 E SUBZERO VS SCORPION

A partir de agora, todas as cenas de luta acontecem em demasiada pressa, o filme já está no final e tudo é muito rápido.

Raiden reuniu o restante de seus campeões e os levou para o vazio, uma realidade onde não existe nada, portanto eles não podem ser atacados. Eles devem se reorganizar e pensar em uma última estratégia de combate para acabar de uma vez por todas com as ameaças das forças de Shang Tsung.

Liu Kang está descrente após a morte de seu companheiro e irmão e toda a equipe está com as esperanças baixas. Cabe então ao nosso protagonista levantar o espirito e a moral da galera e bolar um plano onde eles separariam a equipe em combates 1×1 e deixariam o mais forte, Sub-Zero para ser derrotado em equipe depois.

Raiden concorda com o plano e começa a criar portais, tanto para seus campeões, quanto para os lacaios de Shang Tsung, os juntando em locais isolados, para que eles tenham a chance de lutar mano a mano, mas antes ele dá a adaga de Hanzo Hasashi para Cole, explicando que o sangue que há nela é de seu ancestral e o instrui a lutar usando-a, dizendo que o espirito de Hanzo lutaria ao seu lado, o fortalecendo.

O plano é posto em ação, e Jax, agora confiante pois liberou sua Arcana e possui braços robóticos gigantes, é enviado junto com Reiko para um combate em um lugar que parece ser um dos cenários mais icônicos dos jogos, o Fosso. A luta é rápida, e em questão de segundos Jax aplica um fatality em Reiko, explodindo sua cabeça com uma palmada atômica. Confesso que pensei que ia rolar um “upercut” ali e Reiko ia cair da ponte direto nos espinhos que ficam logo abaixo, mas não foi dessa vez.

O próximo combate é entre Liu Kang e Kabal. A luta fica bem acirrada, mostrando ótimos golpes de ambos os campeões, Liu Kang acaba aplicando seu clássico combo de chutes voadores e deixa o oponente numa espécie de piche, aproveitando para dar seu fatality invocando o grande dragão de fogo, que consome o inimigo e o deixa torrado.

Logo depois Sonya é enviada junto a Kano de volta em seu trailer. A veterana de guerra possui algumas cartas na manga e, mesmo sem a marca do dragão, ela consegue vencer Kano neste duelo, utilizando esconderijos em seu próprio habitat, inutilizando o poderoso olho laser o atingindo com acetona e por fim, enfiando um gnomo de jardim nele. Ela consegue ganhar a marca do dragão após derrotar Kano.

Cole é enviado para enfrentar Mileena e aqui está mais um caso de luta injusta e morte rápida de um personagem icônico da saga. A luta em si é totalmente a favor da guerreira, ela arrebenta o protagonista, que até então perdeu praticamente quase todas as lutas, a não ser contra Goro. Quando ele está à beira da morte pela guerreira tarkatanea, Sonya Blade aparece misteriosamente já com a sua Arcana revelada, uma arma de pulso de energia, que com um único disparo, atravessa Mileena em mais um fatality onde seu corpo é deixado com um buraco enorme e através dele podemos ver Sonya ao fundo. Nessa luta eu confesso que fiquei um pouco desapontado com o rápido resultado, poderiam ter utilizado qualquer outro guerreiro pra morrer dessa maneira, não uma das personagens favoritas dos fãs.

Enfim, chegamos ao desfecho da saga. A luta final contra Sub-Zero. Enquanto os guerreiros realizavam seu plano de combates mano a mano, Sub-Zero jogou sujo novamente e foi atrás da família de Cole, os sequestrando e então aparecendo no momento após a sua luta contra Mileena apenas para provoca-lo para o seguir sozinho, o que de fato acontece.

Ele congela inteiramente o ringue onde o campeão costumava treinar, e sua filha e esposa estão à beira da morte congeladas na parede, já com aspecto de sem vida. Cole então parte pra cima do ninja, porém não é páreo para ele. Em uma última tentativa de tentar atingir Sub-Zero, nosso herói utiliza a adaga de Hanzo, porém em vão, e ele acaba se cortando. No momento que o sangue de Cole se junta ao sangue contido na lâmina, o espírito do guerreiro se liberta, e agora ele não é mais Hanzo Hasashi e sim Scorpion, um demônio mantido vivo no submundo apenas para cumprir sua promessa de retornar para enfrentar seu rival, Sub-Zero.

A partir daí, começa a melhor luta do filme todo e a mais aguardada pelos fãs. A luta já inicia num “Get over here” insano do ninja amarelo puxando seu rival, e então o restante se desenrola magistralmente num show de golpes de gelo, e cortes de lâmina. Golpes muito conhecidos são utilizados como a parede e o clone de gelo, e até um novo golpe irado em que o Sub-Zero congela o próprio sangue e o transforma numa lâmina, e esfaqueia seu oponente. Enquanto os dois lutam, Cole tenta impedir que sua mulher e filha congelem até a morte, tentando quebrar o gelo que se forma ao redor com suas tonfas e socos. Sub-zero percebe o esforço do rapaz e tenta impedi-lo, fazendo com que a luta fique 2×1. Após uma ótima sequência entre Scorpion e Cole, onde a única linha de fala entre eles é “Pelo Shirai Ryu”, eles acabam derrotando o oponente, e então o último fatality do filme é realizado por Scorpion, que remove sua máscara e solta fogo pela boca, referenciando um clássico golpe dos jogos, e mostrando que ele aprendeu a controlar o fogo do inferno.

Assim que a batalha acaba, uma voz misteriosa surge dizendo “É hora de voltar Scorpion”, deixando todo fã com uma pulga atrás da orelha se este seria o Quan Chi, que controla o submundo e deixou Scorpion vivo para realizar sua promessa, sendo agora utilizado como seu escravo. E então ele desaparece, deixando Cole com sua família e os demais lutadores chegando em seu auxílio.

Após o desfecho, Shang Tsung aparece para Raiden e o confronta uma última vez, dizendo que eles podem ter sido derrotados, mas que a morte nunca é permanente e envolve o corpo de seus soldados em um portal, dando a entender que eles provavelmente voltariam ressuscitados, ou amaldiçoados numa possível sequência, então Raiden o silencia mandando-o de volta para a Exoterra.

Passado algum tempo, após a vitória dos humanos, não se sabe ao certo se ainda haverá um torneio, ou se eles foram venceram por W.O, mas Cole está saindo de Chicago e indo para Hollywood em buscar de um novo recruta para a equipe deles, o ator Johnny Cage.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O filme bebe do material da origem e traz à tona grandes nomes da franquia de videogame para a tela do cinema e faz isso com maestria. As cenas de luta são grandiosas, os efeitos especiais estão perfeitos e o roteiro até que não é ruim. O grande problema acredito ser o protagonista inventado, falta carisma nele e também habilidade durante as batalhas. O filme começa muito bem, mas termina apressado, fazendo com que as principais batalhas tenham poucos segundos apenas e “matando” personagens muito importantes com muita facilidade.

No geral, eu acredito que os fãs de Mortal Kombat deveriam se orgulhar, pois por mais que não tenha rolado o grande torneio, o roteiro deu uma desculpa plausível e deixou claro que isso é plano para uma sequência.

Então vamos dar uma chance para que haja uma sequência e a gente reveja estes personagens, inclusive os que morreram, com mais tempo de ação, mais história por parte dos vilões que nos foram apresentados e novos rostos como Johnny Cage e tantos outros lutadores.

NOTA DO FILME 4

5 COISAS QUE TODO GAMER RAIZ DEVERIA SABER

Por Luigi Buratto

Existem dois tipos de pessoas entre nós: as que se consideram gamers e as que já jogam casualmente. O que as difere?

São as horas gastas em frente à tela? As partidas competitivas e seus respectivos rankings? O número de jogos que já zerou?

Tudo isso pode ser considerado, claro, porém o que mais se sobressai quando comparamos as duas são as habilidades intrínsecas desenvolvidas após longos anos calejados jogando os mais diversos títulos.

Todos os jogos são diferentes, possuem variados estilos, histórias e mecânicas, mas existem alguns elementos que são sempre iguais. Eles são os fundamentos e a base de todo o game. É na percepção deles, de forma natural e inconsciente, que o verdadeiro gamer se destaca.

Abaixo listamos alguns itens que a maioria dos jogos possui e que se você vai identificar de cara qual é o propósito deles.

Leia mais:

  1. Paredes destrutíveis
Lords of the Fallen. (Foto: reprodução)

Você está perambulando por um castelo, fugindo de seus inimigos ou procurando tesouros e recompensas, então encontra uma parede com marcas de destruição, parece que foi martelada, ou levou um soco de uma criatura enorme. Mas o que poderia ser isso? Um “não-gamer” talvez associaria tal fato a um elemento decorativo do game, não faria muita questão de ficar por perto. Já o gamer raiz só de bater o olho sabe exatamente o que isso significa. Por trás dessa parede existe um tesouro, um baú cheio de moedas, uma nova arma, poções de vida ou experiência.

Alguns jogos são mais sutis, porém outros ,como Lords of the Fallen, deixam escancarado que aquela é uma parede destrutível.

Há décadas os desenvolvedores perceberam que precisavam criar alguma estratégia que fizesse o jogador passar mais tempo nas fases, afinal de contas os designers gastaram um tempão criando todo o mapa para que no final ele fosse apenas um caminho de passagem e que ninguém perceberia a riqueza dos detalhes. Foi aí que começaram a colocar itens importantes escondidos, que poderiam mudar ou ajudar no curso da jogatina, para que os jogadores precisassem explorar cada vez mais aquele nível, em busca de artefatos e riquezas que os ajudariam na jornada.

2. Barris explosivos

Breath of the Wild. (Foto: reprodução)

Novidade pra quase ninguém, barris vermelhos com desenhos de caveiras, símbolos de tóxico ou de perigo são poderosas armas na hora da ação.

Quase todo jogo, seja de FPS, aventura, ação, sobrevivência ou terror, possui esse objeto destruidor. Geralmente úteis quando um grande grupo de inimigos se aproxima, os barris explosíveis são campeões de tempo em tela.

Você está lutando contra uma horda de zumbis e está com pouca munição e então entra numa sala fechada e pensa que é o seu fim, quando de repente dá de cara com um barril vermelho, sorte grande! Agora basta agrupar o máximo de inimigos que conseguir e “kabum”, o estrago está feito. Só não vale errar os tiros, ou ficar muito perto na hora da explosão.

3. Paredes escaláveis

Uncharted 4. (Foto: reprodução)

Este elemento apesar de estar infundido há gerações está cada vez mais perdendo seu espaço nos games da atualidade. Jogos como Assassin’s Creed não utilizam mais este conceito, porque você pode escalar em literalmente tudo.

Porém ainda existem títulos que trazem uma variação perceptível no cenário que te fazem se perguntar: será que eu posso subir ali?

Games como das franquias Uncharted e Tomb Raider, que não possuem o “mundo aberto”, utilizam desta técnica para identificar quais são as paredes que você pode escalar, pois em determinados momentos você precisará seguir para cima. Seja num edifício sem escadas, em montanhas íngremes ou arquiteturas colossais em ruínas.

4. AutoSave e loot em excesso

Resident Evil 2; (Foto: reprodução)

Este combo é um clássico para os amantes de jogos de terror. Você está com pouco recursos, já enfrentou diversos inimigos pelo caminho e sua vida está baixa. De repente entra numa sala e o jogo salva automaticamente, do nada aparecem poções para você se curar e um monte de munição para se reabastecer.  Por que o jogo está sendo tão bonzinho comigo?

Inocente é quem deixa se enganar por esse ato de benevolência dos desenvolvedores. Os gamers de verdade sabem exatamente o que isso significa: Boss Fight!

Ao contrário de inimigos normais, os chefões possuem uma barra de vida enorme e não são derrotados facilmente. Você precisa se equipar com armas mais poderosas, granadas e outros itens que o ajudem a passar de fase. Caso você morra, o jogo reinicia exatamente no momento antes do confronto.

Por isso agora você já sabe, o jogo salvou sozinho e apareceram muito itens? É bom se preparar psicologicamente.

5. Enquanto houver música tensa…

The Last of Us 2. (Foto: divulgação)

Todo jogo de ação tem aquela cena onde o(a) personagem principal enfrenta um bando de inimigos sozinho de uma vez. Você pode não reparar, porém uma música tensa começa a tocar no fundo logo antes ou talvez no início do confronto. O que muitos gamers já observaram é que por mais que você ache que limpou o campo de batalha e derrotou todo mundo, isso só te torna verdade quando a música acaba.

Aquele último soldado foi finalizado, você começa a saquear os corpos e terminar de explorar o ambiente, porém percebe que a música tensa continua tocando no fundo. Mas como? Eu já eliminei todas as ameaças. Não tem mais ninguém vivo.

Você fica com aquela sensação de ameaça iminente, de que algo ainda está por vir… É aí que você descobre que um dos NPCs ficou preso na entrada do cenário ou estava se escondendo em outro ambiente e aí quando finalmente você o mata, a música para.

Por isso é fato, enquanto houver música tensa no fundo, ainda existem inimigos à espreita.

Existem vários outros elementos clichês que rondam o universo dos videogames e nós só contamos uma parte. Deixe um comentário dizendo qual elemento você sempre observa nos games e que nós deixamos de fora.

BASTIDORES THE WITCHER

Por Luigi Buratto

‘The Witcher – Making Of’ traz os bastidores da série do bruxo Geralt. (Foto: divulgação)

‘The Witcher – Making Of’, nova série da Netflix, conta um pouco dos bastidores da série que fez sucesso na plataforma

Se você curte o bruxo Geralt (Henry Cavill) e toda a fantasia do Continente, com certeza não pode perder esse documentário de pouco mais de 30 minutos que a Netflix disponibilizou, mostrando o processo criativo e até as cenas de ação protagonizadas pelo ator.

O que mais gosta na série? Conta pra gente nos comentários

live-action das meninas superpoderosas é anunciado

Por Luigi Buratto

Meninas Super Poderosas vai ganhar um live-action. (Foto: reprodução)

Live-Action de ‘As Meninas Superpoderosas’ está em desenvolvimento!!

A Cidade de Townsville está prestes a ganhar vida! A produtora CW confirmou que está desenvolvendo um live-action do famoso desenho do Cartoon Network. 

Nesta nova história, as irmãs (Florzinha, Lindinha e Docinho) estão com vinte e poucos anos, decepcionadas com a infância que perderam devido à responsabilidade de ter que salvar o mundo toda a hora se veem distantes e ressentidas.

Será que elas vão se juntar novamente pra enfrentar uma nova ameaça, quando o mundo mais precisa delas? 

Qual sua opinião sobre esse live-action? Conte pra gente nos comentários. 

FALL GUYS 2 TEMPORADA

Por Luigi Buratto

Estilo medieval é o tema da segunda temporada de Fall Guys. (Foto: divulgação)

A nova temporada de Fall Guys: Ultimate Knockout mostra novos mapas e skins com temática medieval!!! 

O jogo é a mais nova febre entre os gamers e mistura uma espécia de maratona do Faustão com aqueles programas japoneses de humor bizarros que a gente ama.

Durante a Opening Night Live, na Gamescon, a Mediatonic e a Devolver Digital revelaram mais detalhes da 2ª Temporada de Fall Guys e prometeram manter o jogo no topo. 

A nova temporada está prevista pra ser lançada em outubro.

LANÇAMENTO – SURGEON SIMULATOR 2 ADICIONA MULTIPLAYER COOPERATIVO E MODO DE CRIAÇÃO

‘Surgeon Simulator 2’ chega para PC. (Foto: divulgação)

Por Luigi Buratto

Lançado em 2013, ‘Surgeon Simulator’, da desenvolvedora ‘Bossa Studios’, é um jogo que lembra bastante aquele famoso board game ‘Operando’, da Hasbro. Você controla um personagem cujos deveres são nada mais nada menos que salvar vidas. Desde operações simples até as mais complexas, você controla o nível de pressão sanguínea, perda de sangue e usa diversas ferramentas pra poder realizar o seu trabalho com o menor esforço possível e, claro, manter o paciente vivo.

Surgeon Simulator 2’ chegou e adicionou várias camadas de dificuldade, fazendo com que as jogatinas sejam cada vez mais hilárias e desafiadoras. Você precisa de membros ou órgãos extras? Precisa de uma ferramenta que não está na sala de cirurgia? Então saia correndo com os braços pra cima procurando por um vasto hospital, resolvendo puzzles enquanto seu paciente está sangrando na mesa.

No modo história existem diversos níveis, com vários desafios e cirurgias diferentes pra experimentar, enquanto cada um tem seus puzzles e salas diferentes a serem exploradas dentro do hospital.

(Foto: divulgação)

Já no modo online, o grande diferencial para o seu antecessor é o modo multiplayer cooperativo para até 4 jogadores. Isso o torna muito mais dinâmico e divertido. Você até pode tentar levar a sério o desafio, mas cada personagem controlando um aspecto da operação com certeza será caótico e hilário.

(Foto: divulgação)

Outro ponto positivo do novo game é a criação de cenários com o novo modo que permite que você tenha seu próprio hospital, igualzinho ‘The Sims’. Você pode ainda jogar com outros jogadores na sala e compartilhar na comunidade.

(Foto: divulgação)

Com gráficos melhorados, físicas cada vez mais malucas, novos personagens e customizações, ‘Surgeon Simulator 2’ é aquele jogo engraçado, que te vicia e contorce seu estômago de tantas risadas. Com sua temática distinta e a simplicidade em que retrata uma sala de cirurgia, ele faz sucesso entre os criadores de conteúdo, streamers e youtubers, ao redor do mundo, e atrai todo o tipo de público. Com certeza deve ser jogado com amigos para ter a garantia de muitas risadas.

O jogo tem será lançado hoje para PC e pode ser comprado na ‘Epic Games Store’. Se você tá afim de sujar as mãos e testar seus conhecimentos médicos, garanta a sua cópia aqui.

“THE LAST OF US – PARTE II” MARCA O FIM DE UMA GERAÇÃO E ENCERRA A HISTÓRIA COM CHAVE DE OURO – CONFIRA NOSSA ANÁLISE SEM SPOILERS

Por Luigi Buratto

(Foto: Reprodução)

SOBRE O JOGO

Em 2013, o mundo recebia o jogo ‘The Last of Us’, exclusivo para Playstation, produzido pela Naughty Dog e vencedor do maior prêmio (melhor jogo) do The Game Awards. Sete anos depois, veio a tão esperada sequência e, apesar das críticas variadas, ele vem se consolidando como um dos maiores títulos do PS4 até o momento.

Dirigido por Bruce Straley e Neil Druckmann, ‘The Last of Us’ é um jogo de ação-aventura e sobrevivência, que se passa em um mundo pós-apocalíptico onde um fungo mortal (Cordyceps) tomou conta de mais da metade da população, os transformando em zumbis. O game é em terceira pessoa, e na primeira parte o jogador toma controle de Joel, um contrabandista que tem a importante missão de levar uma garota, Ellie, que foi mordida, porém não se tornou infectada, até a base de um grupo militar chamado de Vagalumes, atravessando os Estados Unidos, para tentar desenvolver uma cura para a doença.

‘The Last of Us’ conta com uma mecânica de combate furtivo e uso de armas brancas e de fogo, onde seus inimigos mais mortais nem sempre são os infectados, mas sim os humanos sobreviventes.

RESUMO DO FINAL DA PRIMEIRA PARTE – Este trecho contém spoilers do primeiro jogo!!

Ao final da primeira parte, nós vemos Joel se apegando a Ellie como uma filha, fato que após a morte de Sarah (sua filha de sangue), pensávamos não ser possível. Após uma jornada intensa onde ela salva sua vida e lhe dá esperanças de ser feliz novamente, ele se recusa a entregar a garota para que os médicos e cientistas tentassem fabricar uma cura, já que isso a mataria no processo. Para isso, Joel toma a infeliz decisão de realizar uma chacina no Hospital St. Mary para salvar sua protegida. Ele mata o médico cirurgião responsável pela criação da cura e provavelmente um dos únicos sobreviventes capaz de realizar isso e resgata Ellie inconsciente, fugindo do hospital.

Quando a garota acorda, pergunta a Joel o que aconteceu lá, e ele mente dizendo que não existia nenhuma cura, e que ela não poderia fazer mais nada.

Essa ação tem muitas consequências e é exatamente deste ponto que a segunda parte se desenrola.

(Foto: Reprodução)

O QUE MUDOU DO 1º PARA O 2º GAME?

Após 7 anos e uma geração de diferença (PS3 para o PS4), era de se esperar que muitas coisas fossem aprimoradas para o segundo jogo. Apesar da mudança não ser tão brusca, para não afetar o desenrolar da história, os programadores nos presentearam com alguns aspectos novos que tornaram a ‘The Last of Us’ muito mais dinâmico. O jogador agora pode desviar dos ataques, se jogar no chão e andar rastejando, além de conseguir fabricar uma variedade muito maior de armas e habilidades que promovem uma gama maior de estilos de jogo.

Você pode adotar um estilo totalmente stealth, com arco e flechas, armas com silenciadores e abates furtivos ou ir para o combate, atraindo grandes grupos de inimigos e os detonando com coquetéis molotov, granadas de fumaça e flechas explosivas, além de muito “tiro, porrada e bomba”. A violência e gore em ‘The Last of Us’ adquirem níveis hiper-realistas. Dependendo da arma que você usa, ou do ângulo que você executa os ataques, esguichos de sangue voam na direção do corte, formando avermelhadas poças irregulares, membros são dilacerados e os inimigos imploram por suas vidas caso tenham tomado dano crítico.

(Foto: Reprodução)

Se os gráficos do primeiro jogo já eram de tirar o fôlego, a sequência para Playstation 4 veio para se consolidar como um dos melhores gráficos da geração. Com cenários e biomas variados, ‘The Last of Us – Parte II’ nos leva de montanhas congeladas, florestas verdes, estações de metrô infestadas a porões antigos cheios de esporos e estaladores, em cenas que são tão intensas, que só queremos parar por alguns minutos e tirar alguns prints no modo foto.

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

A atenção que os desenvolvedores tiveram ao menor nível de detalhes é impressionante, desde a fabricação e upgrade das armas na bancada, a interação com o cenário, os diálogos durante o combate, até a forma como as personagens pegam os objetos e guardam na mochila.

(Foto: Reprodução)

Tudo parece ter sido feito de forma minuciosa, e graças a brilhante técnica de motion capture, que consiste em gravar cenas com atores reais, utilizando pontos de referência para dar maior profundidade e precisão nos movimentos do personagem, nós podemos presenciar uma das melhores cenas in-game que o jogo tem, quando a Ellie para pra tocar seu violão. Muitos fãs e musicistas, inclusive, já usaram desta função para compor e gravar covers de músicas famosas, o que deixou o jogo ainda mais conhecido e viral.

(Foto: Reprodução)

A modelagem dos personagens e zumbis, em ‘The Last of Us’, também sofreu uma significativa evolução, os corredores, infectados, estaladores e vermes ganharam uma aparência mais realista e horrenda, e fomos apresentados a outros tipos de monstros. Não vamos dar spoilers, mas ao contrário do primeiro game, temos até um grande boss na qual será necessário muita estratégia e munição para derrotá-lo.

(Foto: Reprodução)

A HISTÓRIA DE THE LAST OF US PARTE II

Um dos pontos chave do sucesso de vendas, e também da mistura de críticas positivas e negativas, se dá ao fato de que a trama do jogo é algo nunca antes visto no mundo dos games. Trata-se de um roteiro que foge de qualquer clichê, deixa o jogador ansioso, tenso, com raiva e triste. Uma montanha-russa de emoções elaborada pra testar o psicológico até o fim.

The Last of Us – Parte II’ mostra uma história de ódio, da vingança nua e crua, com suas nuances de violência bruta e flashes de romanticismo e humanidade, mas ao mesmo tempo nos conecta com essas emoções, nos fazendo sentir o mesmo que os personagens.

Um dos principais pontos a destacar é que toda ação tem uma consequência e é justamente essa dualidade dos fatos que nos leva a paradoxos de questionamento moral. Não sabemos quem é mau e nem quem é bom, todos são julgados por suas ações e no final aprendemos que ‘’a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”, como diria Seu Madruga, do seriado Chaves.

VEREDITO

‘The Last of Us – Parte II’ chegou em um momento complicado, onde a natureza humana está em seu ápice, em meio a um caos, portanto, se faz difícil o seu entendimento, que é de extrema necessidade. Entender o jogo é a parte mais importante e se você está jogando, “só por jogar”, então sinto muito, mas ele não é pra você.

Tha Last of Us – Parte II’ não é um jogo apenas para divertir, ele passa mensagens muito poderosas, retrata com fidelidade momentos muito complicados e escolhas difíceis. Com mecânicas interessantes, gráficos surpreendentes e um roteiro que prende, ele é uma das grandes maravilhas desta geração, e com o lançamento do PS5 batendo na porta, muito provavelmente um dos últimos grandes títulos exclusivos.

NOTA 5/5

Hopi Hari: Ainda vale a pena?

Por Luigi Buratto e Thuane Piccolo

HISTÓRIA DO PARQUE

O Hopi Hari é um dos maiores parques de diversão da América Latina, e não só pelo seu tamanho (760 mil metros quadrados), mas também por sua história e cultura. Localizado no município de Vinhedo, no quilômetro 72 da Rodovia dos Bandeirantes, o parque se auto intitula como um país livre e independente, com seu próprio idioma (o Hopês) e personagens, o que faz com que a temática abordada no parque seja única.

O parque foi fundado em meados de 1999, inspirado pelos parques temáticos Magic Kingdom da Disney e desde então sofreu significativas mudanças em sua gestão.

Até 2008, cerca de 15 milhões de pessoas já haviam passado pelo parque, e estima-se que esse número tenha dobrado até então. Porém, mesmo com todo esse volume, o saldo ficava no vermelho. O Hopi Hari se afundava em dívidas, com empréstimos, escândalos, acidentes fatais e após quase ir à falência e entrar com pedido para uma recuperação judicial em 2016, o atual presidente (maio/19) Alexandre Rodrigues, tomou a difícil missão de retomar o parque e reerguê-lo.

Foram anos difíceis e com um futuro incerto, que gera a pergunta entre os antigos e novos frequentadores do parque: “Ainda vale a pena visitar o Hopi Hari”?

2020, UM NOVO COMEÇO

Visitamos o parque na primeira semana de fevereiro de 2020, com baixas expectativas, já que as notícias que ouvíamos eram sempre negativas, e nos deixavam apreensivos quanto à segurança e manutenção dos equipamentos.

Apesar de ser verão e época de férias escolares, em pleno sábado, o parque estava relativamente vazio. Tanto que, mesmo com a pulseira vip para pular as filas dos brinquedos, nós nem precisamos realmente utilizá-la, já que cada fila não durava mais do que 30 minutos.

Ficamos surpresos com a quantidade de brinquedos disponíveis, com relação aos anos anteriores, em que nos deparávamos com apenas algumas atrações livres, enquanto as outras tinham falhas técnicas e estavam fechadas para manutenção, desta vez todos os brinquedos que fomos estavam abertos. Como não haviam muitas filas, conseguimos ir várias vezes em cada atração e pudemos aproveitar o parque ao máximo.

Quanto ao quesito segurança, nota-se nitidamente que o parque está investindo em treinamento de seus funcionários, para garantir que eles façam dupla checagem na hora de realizar os procedimentos antes de liberar o público, e isso nos dá um certo alívio.

A manutenção acontece em tempo real, eles testam os brinquedos várias vezes ao longo do dia, e em cada parada técnica. Algumas vezes precisamos esperar alguns minutos a mais para que eles façam uma nova verificação de determinada atração, e apesar de aumentar o tempo de espera, com certeza nos garante um pouco mais de conforto. O estado dos brinquedos não é 100%, algumas atrações certamente precisam de uma repaginada, uma nova pintura, novos bancos…

O parque conta com 5 áreas distintas, Kaminda Mundi, Mistieri, Wild West, Looney Tunes e Liga da Justiça. Todas elas são tematizadas de acordo com seu “folclore”.

O que mais nos interessou, além das atrações fixas, foram as atividades e “shows” ao vivo que o parque oferece. Desde peças de teatro para crianças e adultos, “Wild West Spetakular” e o espetáculo inédito “Dino: um dinossauro de verdade”, a shows com celebridades do mundo da música, o parque se reinventa transformando seu cotidiano numa agitada metrópole.

NOVIDADES

Entre as novidades de 2020, podemos citar o novo simulador de montanha-russa “Virtual Montezum”. Uma atração 100% projetada pelo parque, cujo objetivo é de proporcionar aos visitantes a sensação de estar na montanha-russa, mas que não podem usar o brinquedo real por problemas de saúde, altura insuficiente ou por medo

Shows e eventos marcam o calendário de 2020 como um ano que promete aos visitantes um local repleto de artistas e histórias diferentes pra contar. Em fevereiro o parque apresentou em sua nova temporada de verão “Hopi Verani”, Simone e Simaria, Gustavo Mioto, Alok, Ludmilla e prometeu um autêntico desfile de escola de samba entre outras atrações.

DESFECHO

O Hopi Hari começa 2020 com o pé direito, fazendo apostas altas, e diminuindo consideravelmente o furo das gestões anteriores. Mesmo com alguns pontos de melhoria para acertar, como ampliar o marketing de suas atrações e uma melhor manutenção dos brinquedos, o parque está se reerguendo como proposto, e nós respondemos à pergunta do título: “Sim, vale a pena visitar o parque e ter uma dose nostálgica dos brinquedos como eles foram em seu auge, e ainda presenciar um local muito ativo, com festas divertidas e atrações para todas as idades”.

O Parque terminou o ano de 2019 com os seguintes balanços:

Visitantes

· 2018: 553.499

· 2019: 732.822

Receita total

· 2018: R$ 55 milhões

· 2019: R$ 75 milhões

Saldo

· 2018: R$ 20 milhões em dívidas

· 2019: R$ 6 milhões em dívidas