Livro lançado pela Rocco, apresenta nova tendência de comportamento que busca praticar o ócio para eliminar o estresse e aumentar o bem-estar físico e mental
Em tempos de pandemia, são bem-vindas técnicas de bem-estar que promovam o equilíbrio e a redução do estresse. Atualmente, há uma crescente onda de pessoas sobrecarregadas e a própria Organização Mundial da Saúde reconheceu oficialmente a síndrome de Burnout – quando um indivíduo chega ao limite da exaustão mental e física. Além disso, a recente expressão FOMO – do inglês, fear of missing out, isto é, medo de ficar de fora de algo – trouxe a dimensão das consequências de um mundo hiperconectado.
Mas como diminuir o ritmo ou simplesmente tirar um tempo para não fazer nada sem culpa? Em “Niksen – Abraçando a arte holandesa de não fazer nada”, que será lançado no Brasil pela Editora Rocco no dia 19 de fevereiro, a autora Olga Mecking apresenta o conceito de niksen, palavra em holandês que significa “fazer algo sem utilidade e aproveitar o ócio”. Apoiada nas opiniões dos maiores especialistas do mundo em felicidade e produtividade, a jornalista examina a prática de fazer menos.
Em uma sociedade que estimula a produtividade constante, a ociosidade acaba sendo um obstáculo – embora esteja cientificamente provado que, mesmo quando estamos inativos, nossos cérebros continuam processando informações. Mecking afirma, porém, que essa vontade constante de trabalhar é capaz de nos levar à diminuição do bem-estar mental e, paradoxalmente, a ser menos produtivos. Em cada capítulo, a autora aborda um aspecto da filosofia do niksen, baseada em várias disciplinas como sociologia, biologia, história e psicologia, servindo-se de histórias interessantes que ilustram os efeitos positivos da prática, deixando as pessoas mais criativas e relaxadas.
A autora explica que niksen não é igual a outras tendências como o dinamarquês hygge ( que explora o ato de ficar em casa e transformar o lar em templo); o sueco lagom ( que aborda tudo com moderação); o mindfulness (atenção plena); konmari (método de organização e limpeza da casa da especialista Marie Kondo); ou o japonês kigai (conceito de minimalismo). A arte holandesa também não significa fazer uma pausa para assistir um filme, ler um livro ou navegar pelas redes sociais. O conceito está mais próximo de abrir espaço na agenda para a mente divagar, sem a necessidade de regular a atenção ou de se concentrar em algo. Afinal, por que as melhores ideias surgem no chuveiro? É quando nossa mente está tediosa e busca seu próprio estímulo, assim, as ideias se conectam com mais facilidade.
O livro também traz ao final de cada capítulo perguntas para o leitor refletir, além de exercícios práticos para para impulsionar sua criatividade, aumentar seu foco, melhorar seus relacionamentos e se tornar uma pessoa mais calma e feliz. Entre as sugestões estão não checar o celular enquanto estiver almoçando, ter intervalos no trabalho para não fazer nada ou andar no transporte público sem outra distração como livros ou redes sociais.
SOBRE A AUTORA
Olga Mecking, polonesa, é escritora, jornalista e tradutora. Seus artigos em defesa da prática de não fazer nada foram publicados em veículos de comunicação como New York Times, The Washington Post, The Guardian, BBC, entre outros. Vive na Holanda com o marido alemão.
NIKSEN – OLGA MECKING
Subtítulo: Abraçando a arte holandesa de não fazer nada
Tradução: Ana Rodrigues
Gênero: não ficção, comportamento, autoajuda
Nº de páginas: 192
Preço: R$ 49,90