Arquivo da tag: Tessa Thompson

ENTREVISTA MICHAEL B. JORDAN, TESSA THOMPSON E FLORIAN MUNTEANU

Por Henrique Moita

Graças a Warner, nós do Diversório, tivemos a oportunidade de participar de uma mesa redonda com os atores principais da franquia Creed, Michael B. Jordan (Adonis Creed), Tessa Thompson (Bianca) e Florian Munteanu (Viktor Drago). Todos nos receberam muito bem, foram muito simpáticos e fizeram questão de expressar todo o carinho que eles têm pelos fãs brasileiros, que de acordo com eles mesmo, são os melhores e mais calorosos do mundo.

Michael, falou um pouco do seu personagem e como era carregar o legado de uma franquia de sucesso, como foi a franquia estrelada por Sylvester Stallone, Rocky. De acordo com o ator, fazer esse segundo filme, foi um pouco mais “fácil” do que o primeiro, pois no anterior ainda tinha um certo peso, por se tratar de um spin-off de um grande sucesso. Ele também falou que essa franquia não tenta competir com a franquia original, pois ela tem sua própria história para ser contada.

Um fato muito interessante sobre esse filme é que os atores, tanto Michael quanto Florian, deixaram claro que eles não consideram o personagem de Florian, Viktor, um “vilão”. Eles o consideram mais como um antagonista e em certo ponto, ambos acham que a personagem deveria ter ganho a luta final, por acreditarem que ele tinha motivos “melhores” para querer a vitória do que o próprio Adonis

Michael B. Jordan e Tessa Thompson participaram de mesa redonda sobre “Creed”. (Foto: Divulgação)

 Para os atores inclusive, era algo que está se tornando recorrente, mas não de uma maneira ruim, em algumas produções atuais, onde o filme não possui um vilão propriamente dito, mas sim um antagonista que, ao passar as suas ideias, chegam a fazer o público até se questionar se o que eles estão pensando e tramando está totalmente errado, como o personagem interpretado pelo próprio Michael B. Jordan, Killmonger, no filme Pantera Negra.

Para Florian, ainda assim o longa foi um pouco mais “difícil” de ser realizado, pelo mesmo motivo citado por Michael: ele era o “cara novo” no filme. Para ele, era o primeiro, então ele ainda tinha esse peso nas costas para carregar. Ainda mais interpretando um filme de um personagem tão icônico como Ivan Drago, interpretado por Dolph Lundgren.

Florian também falou que estava realizando um sonho em poder estar no Brasil, pois ele cresceu ouvindo o seu pai falando do país, principalmente sobre futebol e que ele esperava, assim como Michael em poder voltar o mais rápido possível, de preferência, sem essa “correria” que foi a primeira vez, já que eles estavam aqui para o painel da Warner, na CCXP.

 Tessa veio separada dos dois atores principais e foi também uma agradável surpresa para todos nós. Ela mesma tinha surgido de surpresa na própria CCXP no painel do novo filme do MIB, o qual ela protagonizará junto com Chris Hemsworth.

Na rodada de perguntas direcionadas a ela, Tessa falou que gostava muito da sua personagem na franquia de Creed, Bianca, e falou o quanto é importante para as mulheres que as atrizes estão interpretando cada vez mais personagens marcantes em grandes produções e que mesmo quando o foco da história não são elas, como é o caso de Creed, a história delas chega a ser tão interessante quanto a do personagem principal.

  Todos os atores falaram que gostariam de poder transformar Creed em uma franquia tão boa quanto foi Rocky, mas que obviamente, por questões contratuais eles não podiam revelar se veremos Michael e companhia voltando as telas para nos mostrar mais da história de Adonis.

Pessoalmente, acho que se continuassem com a história, a Warner estaria fazendo mais um fanservice. Mas como já me tornei um grande fã dessa franquia, espero que meu “service” seja atendido e que possamos voltar a ver mais desses incríveis personagens. Inclusive, quem sabe, mostrando mais da ligação criada por Adonis e Viktor.

Creed 2 – Imagem e semelhança

5 itens que faz de Creed 2 a versão rejuvenescida de Rocky IV

Por Antonio Lemos

Rocky é uma das franquias de cinema mais queridas pelo público e pela crítica. O filme que conta a saga de Balboa (Sylverter Stallone) foi reinventado com outro protagonista. Em Creed: Nascido para Lutar, de 2015, ele apresentou ao mundo Adonis Creed, vivido por Michael B. Jordan. É o filho do grande amigo de Rocky, Apollo Creed (Carl Weathers), que foi morto em cima de um ringue. O filme foi um enorme sucesso, deu uma nova indicação ao Oscar para Stallone, e provocou uma sequência, Creed 2.

Como escrevi na coluna passada, a continuação de Creed é a cópia rejuvenescida de Rocky IV, lançado em 1985, seja pela história e até alguns diálogos. Então, resolvi elencar algumas referências comparando o longa de 33 anos atrás com o atual.

Tessa Thompson, Bianca, dá forças para Adonis na luta final. (Foto: Divulgação)

Trajetória de Rocky e Adonis

No filme de 1985, Balboa recupera o cinturão dos pesos pesados ao derrotar Clubb Lang em Rocky III (1982), então, decide se aposentar e viver ao lado da esposa Adrian (Talia Shire). No entanto, durante uma exibição, o amigo de Rocky, Apollo Creed, é impiedosamente espancado até a morte pelo russo recém-chegado Ivan Drago (Dolph Lundgren), e decide retornar e vingar o amigo, lutando contra Drago numa luta na Rússia no dia de Natal.

Em Creed II, Adonis saiu mais forte do que nunca de sua luta contra ‘Pretty’ Ricky Conlan, em Liverpool, começa a sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai e com o apoio de Rocky. Porém, o passado está mais presente do que nunca e precisa enfrentar um adversário que possui uma forte ligação, simplesmente o filho do homem que matou Apollo, Viktor (Florian Munteanu).

Bem vs Mal

Sentindo os sintomas da chamada “década perdida” e da paranoia causada pela Guerra Fria, conflito ideológico envolvendo os Estados Unidos (Capitalismo) e União Soviética (Socialismo), Stallone decidiu que os próximos passos para Rocky seria mergulhar de cabeça nesse tema. Outros filmes norte-americanos de ação tiveram esse enredo de colocar um ianque como mocinho e “vilanizar” qualquer pessoa do Leste Europeu.

Mais de 30 anos depois, o contexto político foi alterado com o capitalismo mandando e desmandando no Planeta, no entanto, o terrorismo, brigas por recursos naturais (petróleo) e rusgas entre líderes políticos seguem à tona. Pelo menos, a sequência de Creed e a aparição da família Drago não tem nada a ver com os conflitos ideológicos, por mais que o presidente dos EUA, Donald Trump, queira apagar incêndio com querosene.

Diálogos

Em Rocky IV, Balboa quer largar a carreira após a morte de Apollo. No entanto, Drago tem apetite em desafiar o ‘Garanhão Italiano’. Com receio de perder o marido, Adrian aconselha para que não aceite o desafio e o ‘Garanhão Italiano’ questiona para sua esposa se “não seria capaz de derrotar Drago” e aceita lutar – bem, não é com essas palavras, mas o contexto é esse.

No filme de B. Jordan, o diálogo é parecido, só que, ao invés de Adrian, Rocky busca aconselhar o jovem que não é uma boa ideia. Adonis pergunta se não seria capaz de vencer Viktor, e bravo, resolve aceitar o desafio e que irá lutar seja com ou sem Balboa. No primeiro momento, o jovem troca de treinador e se dá mal ao ser gravemente ferido.

“Olhar para dentro”, motivação e treinamento

Como derrotar uma máquina de dar socos? A resposta de 33 anos atrás se resume ao filme atual: “olhar para dentro”, motivação e treinamento. Os dois estão com aquela sensação de “terra arrasada”, família consolidada e ignoram suas esposas quando decidem lutar contra os Drago. No caso de Rocky, a presença de Adrian na Rússia, enquanto ele treina para a revanche foi uma motivação extra para conseguir o objetivo de vingar o amigo. Já Adonis, tem o nascimento da filha Amara para continuar firme para vencer Viktor.

Quanto aos treinamentos, Balboa encarou o frio russo e condições precárias para fazer a luta da sua vida. Adonis precisou se esforçar o dobro para encarar o filho de Ivan e Balboa leva seu pupilo ao deserto falando que, para lutar de igual para igual teria que conhecer o “inferno”.

Lutas nos dois países

Estados Unidos e Rússia foram sedes dos embates entre Rocky&Adonis vs Família Drago. No filme de 1985, Las Vegas foi o palco da fatídica luta entre Apollo vs Ivan. Com direito a show de James Brown, Creed mostrou o seu lado dançarino ao dar os primeiros jabs no adversário, mas o final todos sabem: nocaute com requintes de crueldade, morte de Apollo e Drago foi declarado vencedor.

Na atual versão, o primeiro embate acontece em solo americano, com Adonis soltando uns golpes, mas assim como há mais de 30 anos, Drago filho parte para cima, golpeia diversas vezes e o seu treinador, Tony “Little Duke” (Wood Harris), filho do antigo treinador de Apollo, Tony Evers (Tony Burton), queria jogar a toalha para encerrar a luta, mas Adonis não permitiu – mesma cena em Rocky IV. Adonis ficou gravemente ferido, manteve o cinturão, pois Viktor foi desclassificado por aplicar um golpe ilegal.

Para uma revanche, nada como lutar na casa do adversário e Moscou foi o palco. No confronto entre Balboa vs Drago ‘pai’, um clima totalmente hostil, o público a favor de Ivan, todos de pé para o hino soviético e o chefe de Estado nas tribunas. O ‘Garanhão’ resistiu a todos os rounds e venceu por nocaute, com direito ao público russo aplaudir o ianque.

Já no confronto entre Adonis vs Viktor, o Estádio Luzhniki (palco da abertura e encerramento da última Copa do Mundo) foi o cenário e a Rússia inteira estava do lado do filho de Ivan. Clima hostil e a entrada do filho de Apollo foi de arrepiar com a sua esposa Bianca cantando de forma desafiadora contra o público. Viktor mostrou o seu cartão de visitas, mas Adonis conseguiu resistir, cresceu no embate e eis que uma tolha resolvesse a parada, quando Drago ‘pai’ jogou para dentro do ringue enquanto seu filho estava prestes a ser nocauteado. Do mesmo jeito que aplaudiu Balboa, o público fez o mesmo com Adonis, que a partir de agora passa a construir o seu legado.

Que venha o terceiro filme e quais referências teremos?

Creed 2 – Mais pontos positivos do que negativos

Tirando o enredo previsível, continuação do longa de Michael B. Jordan e Sylvester Stallone apresenta aspectos para não tirar os olhos da telona

Por Antonio Lemos

Rocky é uma das franquias de cinema mais queridas pelo público e pela crítica. Para quem é fã e assistia aos filmes durante a infância, os cinco longas contanto a saga de Rocky Balboa (Sylverter Stallone) não sai do nosso imaginário. Ainda teve o sexto, lançado em 2006, quando o “Garanhão Italiano” mostrou para todos que idade não tem diferença ao lutar de igual para igual contra Mason Dixon (Antonio Tarver), onde acabou perdendo por pontos.

A franquia continuou com o personagem sendo apresentado como treinador em Creed: Nascido para Lutare continua na bela sequência, com lançamento programado para o dia 24 de janeiro, com personagens maduros e base sólida para uma eventual continuação. Assim, esta pessoa que vos escreve e fã de Balboa resolveu listar pontos positivos e negativos, saindo um pouco de fazer a resenha e deixando no ar alguns spoilers (já adianto, não foi fácil escolher).

Lutas de “Creed 2” são um dos pontos altos do filme. (Foto: Divulgação)

Michael B. Jordan & Tessa Thompson

Para começar a conversa, outra vez a dupla Michael B. Jordan e Tessa Thompson mostraram uma bela química, e que os papéis de Adonis Johnson e Bianca caíram no colo. O personagem de B. Jordan emociona com palavras, dores e vontade de construir o seu legado, espantando todos os fantasmas da morte do seu pai Apollo Creed (Carl Weathers). Já Tessa mostra a capacidade da personagem de enfrentar suas limitações físicas e seguir lutando pelo seu sonho. Outro grande ponto da atuação da atriz está na apresentação de Adonis na luta final contra Viktor Drago (Florian Munteanu). Diante do Estádio Luzhniki – palco da abertura e encerramento da última Copa do Mundo – lotado e um cenário totalmente hostil, ela aparece como um ponto de luz, interpreta uma canção de arrepiar em tom desafiador e acompanha seu marido até o ringue.

Trilha sonora

O segundo ponto positivo deste longa fica por conta da trilha sonora. A mistura do rap e da black music com o tema clássico do Rocky é sensacional. Juntar o novo com o clássico às vezes preocupa o pessoal mais antigo, mas ouvir “Gonna Fly Now” no ápice do filme faz o nosso coração saltar e o derramamento de lágrimas é inevitável. Ótimo gosto e o tema clássico do ‘Garanhão Italiano’ continua sendo atual mesmo com mais de quatro décadas de existência.

As atuações de Sylverster Stallone e Dolph Lundgren

Se as atuações de Michael B. Jordan e Tessa Thompson são dignos de Oscar (isso deixo para os especialistas), o que dizer de Sylverster Stallone e Dolph Lundgren? Mais de trinta anos depois, Rocky Balboa e Ivan Drago se encontram após a épica luta em Moscou, no qual o ‘Garanhão Italiano’ sai vencedor, enquanto Drago é escorraçado da Rússia e passa a viver na Ucrânia. O personagem de Stallone sobrevive ao câncer, porém, está em conflito consigo mesmo sobre se reconciliar com seu filho e conhecer seu neto. Balboa segue nos emocionando com suas palavras e brilha sem ofuscar o protagonista. Já Lundgren recria o icônico Drago tentando reescrever o passado e mudar o presente com o filho Viktor. Seu personagem está frustrado, deprimido, derrotado e cheio de raiva. Seu filho carrega os mesmos sentimentos do pai, e ao mesmo tempo, perturbado pela gana de Ivan em reerguer o nome da família após aquele Natal de 1985. Ver os quatro (Rocky, Adonis, Ivan e Viktor) em cima do ringue um encarando o outro é de arrepiar até o último fio de cabelo. Dá a impressão de que teríamos duas lutas no mesmo espaço e uma faísca viraria explosão naquele barril de pólvora.

Lutas

Desde o seu primeiro confronto, que valia a chave de seu Mustang, até a batalha épica em Moscou, o diretor Steven Caple Jr. acerta em cheio em dar bastante realidade, fazendo com que o telespectador fique com os olhos grudados na tela, sem querer perder sequer um detalhe. Tirando a luta em que Adonis vence e recupera o seu carro, o primeiro confronto contra Viktor mostra o russo com fome de vitória e como ele é uma máquina de dar socos (na vida real, o ator que interpreta Viktor é pugilista profissional). No embate final, em solo europeu, Johnson é outro lutador, resiste a vários golpes – como Balboa resistia – e seu final é digno de um protagonista que agarrou com unhas e dentes o papel de dar continuidade ao legado de Stallone, além de dar sequência ao seu próprio. Sem dúvidas é uma das lutas mais épicas do cinema.

Mensagem do filme

Para fechar, o filme deixa uma mensagem. Se na saga de Stallone, o recado transmitido era “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente.”, em Creed II a mensagem é simples e clara: “Não importa o quão poderoso é seu adversário e quantas vezes você é jogado na lona, é preciso ficar de pé frente as adversidades e vencê-las a todo o custo, nem que essa vitória venha a base de grandes sacrifícios.”. Adonis buscava a luta perfeita para honrar a morte de seu pai e construir o seu legado. E conseguiu.

Ponto negativo: enredo previsível

Depois de apresentar tantos pontos positivos (difícil escolher cinco), qual seria o lado negativo de Creed II? Falar que não tem seria coisa de fã, mas esta pessoa que vos escreve aponta um (se os especialistas tiverem outros pontos negativos, é só falar): o enredo previsível. Não digo no sentido de Adonis vencer a “revanche” contra Drago em Moscou, mas pela história ser a versão repaginada de Rocky IV. Desde a chegada russa aos EUA, o desafio pelo staff de Drago contra Adonis, passando pela primeira luta em solo americano até a última na capital russa, a história se repete como fora em 1985, a exceção fica pelo fato do protagonista não morrer, e sim, ficar gravemente ferido. Em Rocky IV, Apollo morre no 2º round. Mesmo assim, é um filme que vale muito a pena assistir, com muitas referências e a emoção será inevitável.

Teremos Creed 3?

Depois em que Adonis derrota Drago, ficou no ar se há fôlego para o terceiro filme. Acredito que tenha pelo fato do diretor Steven Caple Jr. ter acertado em cheio nessa continuidade, e também, pelo fato do próprio Adonis começar a construir o seu legado. Porém, fica a pergunta: com ou sem Rocky Balboa?

As últimas cenas mostraram que Balboa aos poucos vai sair de cena quando diz para Adonis curtir a sua conquista, enquanto ele fica fora do ringue, e o monólogo do protagonista no túmulo de Apollo. Na sequência, aparece Rocky conquistando o seu objetivo: rever o filho e seu neto com uma mala na mão e a sua tradicional bolinha de borracha. Além disso, o próprio Sylvester Stallone declarou que estaria pronto para gravar o Creed 3 e depois disso sairia de cena, aposentando o personagem, assim como fez com Rambo.

Como será essa “despedida”? A ‘batata quente’ está nas mãos de Caple Jr. e uma das especulações para o terceiro filme é o possível retorno de Clubber Lang, interpretado por Mr. T em Rocky III (1982).

Último dia da CCXP18, 9, tem Michael B. Jordan, Sandra Bullock e crianças de Stranger Things

Evento bate recorde de visitantes e recebe 262 mil pessoas. Organização já anuncia data da próxima edição

A CCXP18 se despede do público em um domingo épico, como os organizadores dizem. O último dia de Auditório Thunder Cinemark XD começou com um verdadeiro espetáculo da Warner, que levou à loucura os fãs de Michael B. Jordan, Tessa Thompson e Florian Munteanu. Os três falaram sobre a continuação da franquia Rocky Balboa, Creed II, cuja pré-estreia aconteceu no festival. Outra estrela do painel foi Zachary Levi, que interpreta Shazam. O ator se diz emocionado por entrar para o universo da DC Comics: “Shazam! é sobre a criança interior, um menino que se descobre um super-herói. É um filme muito divertido, com um protagonista bastante espirituoso”. Já a Netflix brindou o público com a exibição de “Caixa de pássaros”, que estreia na plataforma dia 21 de dezembro. O estúdio trouxe também Sandra Bullock, uma das estrelas mais aguardadas do evento, e parte do elenco da série Stranger Things.

No último dia do festival, o público também pode conhecer o vencedor o melhor Cosplayer do Brasil. Júlio César Shirou, cosplay do personagem Link, da série de games The Legend of Zelda, levou o título e também um Ford Ka Sedan SE Plus 1.0 Zero km.  O Auditório Prime recebeu os consagrados artistas Lee Weeks e Peter Milligan para masterclasses. Mike Deodato Jr. também esteve presente no espaço e se emocionou ao ser questionado por um fã se continuaria a trabalhar com o personagem Flama, criado por ele.

A Game Arena recebeu a final do Torneio Universitário de eSports do jogo CS: GO. O time da PUC-SP enfrentou a equipe da UTFPR, que se consagrou a campeã. Já no Auditório Ultra o painel mais disputado foi a homenagem ao legado de Stan Lee. Os convidados, Marcio Takara, Mike Deodato, Leonardo Romero, RB Silva e Adriano Di Benedetto, contaram sobre os títulos que estão trabalhando atualmente e quais foram seus primeiros contatos com o universo do icônico gênio da Marvel Comics.

CCXP tem dia épico com grandes astros de Hollywood

Além dos já programados Brie Larson e Sebastian Stan, o Auditório Thunder Cinemark XD recebeu de surpresa Tom Holland, Jake Gyllenhaal, Jacob Batalon, Tessa Thompson e Ellen Paige

O público foi à loucura no terceiro dia de CCXP. O maior festival de cultura pop do planeta, que acontece até hoje, no São Paulo Expo, recebeu grandes estrelas do cinema em painéis que lotaram o Auditório Thunder Cinemark XD. Além dos aguardados astros que já faziam parte da programação, cinco aparições surpresas fizeram o público delirar quando subiram ao palco.

Tom Holland, Jake Gyllenhaal e Jacob Batalon, transformaram o painel da Sony Entertainment em um dos momentos mais épico da CCXP18! Os atores apareceram para falar de “Homem-Aranha: Longe de Casa” e Tom garantiu: “o próximo filme é muito melhor do que o primeiro e vocês não vão acreditar no que está por vir”. Outro nome convidado foi Adam Robitel, de “Escape Room” que defende que, no filme, “cada personagem é um mistério e o motivo pelo qual eles estão reunidos também”.  Os fãs assistiram ao trailer e o artista ainda afirmou que eles podem esperar surpresas como desafios, sustos, personagens femininas incríveis e fortes e cenários supercaprichados.

No mesmo painel, Tessa Thompson, de “MIB Homens de Preto”, também foi uma das atrações surpresas. A atriz arrancou risadas do público ao contar sua preparação para o filme: “fiz meditação, revi os filmes e rezei para o espírito de Will Smith e Tommy Lee Jones!”, brincou. Os brasileiros foram os primeiros do mundo a assistir ao trailer do longa. No encontro, ainda foi apresentado o filme “Brightburn”, que, produzido por James Gunn, inaugura um novo gênero: o terror de super-heróis.

Se a Sony fez surpresa, a Disney já tinha criado expectativa com atrações muito aguardadas pelo público. Sebastian Stan, o Soldado Invernal, contou sobre como é pertencer ao Universo Marvel. Ele, que sempre via os super-heróis como parte de sua família, comentou que “participar do time foi uma realização”. Ele ainda lembrou de Stan Lee, com um vídeo tributo, e emocionado deu o recado para os fãs: “ele amava todos esses personagens e estava muito contente com todos os filmes”.

Brie Larson, Capitã Marvel e a primeira mulher a ser a protagonista de um filme da Marvel, foi recebida de pé pelo público do Auditório Thunder. Segundo ela, voltar com o filme à década de 90, período de sua infância, foi bastante nostálgico e os fãs podem esperar bastante evolução da personagem: “veremos desenvolvimentos não só físicos, mas emocionais na Capitã Marvel”. A atriz também falou sobre os poderes da personagem, sobre a rivalidade entre krees e skrulls e foi exibido um trailer inédito. Para Brie, o papel foi gratificante: “não tinha a força que tenho agora. Antes me via como tímida e agora consigo levantar um carro ladeira acima”. E quando perguntada sobre qual mensagem gostaria de deixar para as garotas que se inspiram na Capitã Marvel: “eu fiz para vocês!”.

A Netflix realizou um painel sobre “Mogli – Entre Dois Mundos”, lançado ontem, dia 07/12. O filme, que já está disponível pela plataforma para 190 países, é a primeira experiência de Andy Serkis como diretor: “Esse roteiro ia direto ao coração do livro, que é uma história escrita há mais de 100 anos, é uma jornada muito emocional”. Além disso, Andy faz o personagem Baloo na produção, que acredita ser muito atual: “Vivemos em um mundo em que milhões de refugiados andam sem destino à procura de um lar. Sinto que algumas histórias vêm à tona retomadas pela literatura”, conta.

A streaming também trouxe outra surpresa para os fãs de graphic novel: a apresentação de The Umbrella Academy, uma série original da Netflix, baseada na graphic novel de Geraldo Way e que conta a história de irmãos que, com super-poderes, são adotados e treinados para combater o mal. Parte do elenco, formado pela atriz Ellen Paige, mais uma surpresa da CCXP que foi ovacionada pelos fãs, Tom Hopper, Emmy Raver-Lampman e David Castaneda, fecharam o último painel da noite. Além do trailer da série, que vai ao ar em fevereiro de 2019, o público ganhou rosquinhas cor-de-rosa com confeitos coloridos em homenagem a um dos objetos marcantes da direção de arte da produção. O painel terminou com chuva de papéis picados e uma apresentação de violino em homenagem à personagem de Ellen Paige, reconhecida como alguém “super comum”.

 

Auditório ULTRA

Quando os pequenos atores, Giulia Benitte, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira, entraram no palco, acompanhados do diretor Daniel Rezende e, dos icônicos, Mauricio de Sousa e sua filha Mônica, os visitantes da CCXP aplaudiram de pé. Além de apresentarem o trailer e making of exclusivos, os profissionais dividiram com todos como foi interpretar a turma de amigos mais conhecida do Brasil. E, o que não faltou nos comentários de todos, foi o quão emocionante todo o projeto se mostrou para os envolvidos e como se tornaram unidos, “como uma família”, compartilhou Rezende.

Em mais um painel que faz parte das homenagens aos 80 anos do Superman, Tom Grummett comentou sobre os bastidores do clássico “A morte e o retorno de Superman”. O artista contou sobre as decisões feitas em um comitê para “matar” o super-herói e, depois então, ressuscitá-lo: “Assim que anunciamos que iríamos matar o Superman, os fãs do personagem já sabiam que iríamos trazê-lo de volta”. Questionado como foi ser convidado para fazer parte das obras do Homem de Aço, Grummett disse, em tom de brincadeira, como nunca foi convidado, apenas entrou de intruso: “Eu disse para o meu editor que queria fazer só uma história e ele falou que ia guardar aquela informação”.

Auditório Prime

Em uma sala lotada de fãs de todas as idades, o quadrinista John Romita Jr. dividiu seus truques para desenvolver as mais fantásticas narrativas de icônicos super-heróis. A concorrida masterclass abriu o terceiro dia do ciclo de palestras do Auditório Prime.  Durante mais de 60 minutos, ele mostrou sua técnica singular de desenho e criou, ao vivo, uma narrativa sobre o Superman, o grande homenageado da CCXP 2018. Logo em seguida, veio Joe Rubstein, um dos maiores nomes mundiais da arte final em quadrinhos. Em sua masterclass, o público aprendeu como se dá o acabamento para as principais séries de super-heróis, um processo artístico que envolve criatividade, observação e muita sensibilidade.

Pedido de casamento no Universo Cosplay

O que era para ser uma declaração de amor por parte da psicóloga Doani Pinheiro, virou um pedido de casamento de Jorge Gabriel – cosplay do Thor. Acontece que os dois tiveram a mesma ideia de surpreender o parceiro. Logo após uma apresentação do Thor e Luke, Doani chegou com o microfone para demonstrar o que sente pelo namorado. Mas o jogo virou e Gabriel surgiu com um bufê de flores para pedir a namorada em casamento. “Eu quis juntar duas coisas que eu amo: ela e a CCXP”, declara o cosplay de Thor.

Arena Games

Os fãs de e-sports lotaram a Game Arena para acompanhar a grande final do Desafio CCXP de League Of Legends 2018, entre Flamengo e Team One. Em uma disputa emocionante, a equipe do Flamengo se consagrou como a grande campeã do desafio pelo placar de 3×2. Em maioria, os flamenguistas comemoraram a conquista que, até então, era inédita para os cariocas. O professor de matemática, Geovane Biscaim, que veio do interior paulista e acompanhou a final desde o início, disse: “É um momento único para mim. Eu sempre assisto aos jogos pela internet, é a primeira vez que vejo uma competição de perto e estar aqui é uma emoção que não há igual”, celebra.

Para fechar a noite, a Arena recebeu a final do Just Dance Brasil, com competidores de todo o país. Os participantes dançaram sucessos como “Havana” e “New Rules”. A final, entre os cariocas Guilherme Jackson e Tarcísio dos Santos foi disputada numa melhor de três. Tarcísio venceu e levou para casa o troféu de campeão do Just Dance Brasil e a vaga para o campeonato mundial do jogo, que acontece no Brasil, em 2019.

Creators Stage

O mais novo espaço do Festival mostrou mais uma vez que a CCXP tem conteúdo para todos os gostos. A banda brasileira de indie rock, Supercombo, se apresentou para uma plateia com fãs ansiosos e de todas as idades. As mineiras Luana Paes e Laura Azevedo, de 14 anos, mostraram animação ao ver o grupo pela primeira vez. “Eu adoro eles, estou muito ansiosa pelo show”, diz Laura.

Nathalia Arcuri, do canal Me Poupe, apresentou o talk show “Knight Nath Money Show” e levou ao palco personagens importantes de sua infância: Maurício de Sousa e Luciano Amaral – o Lucas Silva e Silva de “No mundo da lua” e Pedro de “Castelo Ratimbum”. A influenciadora simulou as finanças de personagens da Turma da Mônica e Mauricio de Sousa contou como começou a ganhar dinheiro com um trabalho que sempre amou. “Eu não considero trabalho. Isso é uma diversão, um passatempo, o que eu sempre gostei de fazer”, conta.

A nova série da Globoplay foi outro tema do espaço. Tatá Werneck, Fernando Caruso, Eduardo Sterblitch, Fernanda Young e Patrícia Pedrosa dividiram o palco para falar sobre “Shippados”, que estreia no primeiro semestre de 2019. Os apresentadores mostraram como seus gostos pela cultura pop influenciaram suas carreiras. Tatá Werneck falou sobre como mulheres comediantes são discriminadas e tratadas como loucas quando querem fazer as mesmas coisas que os homens. “Homens são engraçados, mulheres são loucas”, ironiza.