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Qual dos 50 tons de cinza é o ideal para sua parede?

Especialista conta curiosidades sobre as tonalidades do cinza e alerta os impactos que esta pode causar nas pessoas

O cinza é uma cor que, na decoração, pode causar diferentes impactos. Por isso, antes de ir pintando as paredes é preciso compreender todas as características, significados e efeitos que a tonalidade pode causar no ambiente, assim como a sensação que esta transmite para quem visita o local. Como não atrai atenção para si, normalmente é usada como base para outras cores que assumem o protagonismo no seu lugar. A arquiteta e sócia fundadora da Contraste Arquitetura, Caroline Bahia, comenta os aspectos por trás da cor e dá algumas dicas para usá-la.

Como a escolha da tinta que dará vida ao cômodo do seu lar é algo muito particular, Caroline lista algumas características que podem ser vistos como prós e contras a respeito da coloração: “Em geral os tons de cinza expressam neutralidade, por estar entre duas cores neutras, o preto e branco. Ela também é sinal de segurança, maturidade e comprometimento, em contrapartida, pode simbolizar apatia e isolamento”, portanto a dica da profissional é: “utilizar outras cores, pois diminui os aspectos que passem uma impressão negativa e deixa o ambiente aconchegante”.

Paredes cinzas: bom ou não?. (Foto: Divulgação)

Segundo a psicologia das cores, o cinza é a cor do compromisso, quando mais próximo ao preto, mais melancólico, já quando o branco é predominante, ela se torna mais animada. “A cor também interfere no nosso corpo, pois o cinza pode drenar a nossa energia. Dependendo da quantidade e da leveza da aplicação pode ser deprimente ou alegre. Extremamente conservadora, seu uso garante um tom formal e pode tornar o espaço monótono e sem muitos atrativos. Por isso é sempre bom mesclar com outras cores, mesmo que essas cores sejam neutras e sutis”, alerta Caroline.

A especialista encerra expressando sua opinião a respeito da coloração e dando um último conselho: “o cinza não possui energia, não estimula nem emociona, não é convidativo e nem chamativo. Para isso a solução é aplicá-lo na medida certa e junto com cores mais vibrantes e fortes para que o ambiente ganhe personalidade e vida. Na hora de reformar, é essencial saber a quantidade de cor usar. Temos que levar em conta que cada uma tem sua função”.

Arquiteta e especialista comenta sobre a iluminação ideal para cada ambiente

Caroline Bahia, sócia fundadora da Contraste arquitetura, conta como definir a melhor luz para cada lugar e o que deve ser levado em consideração na hora de definir a temperatura da cor

Uma casa bem iluminada, torna-se um verdadeiro lar. A luz ideal consegue passar a sensação de amplitude e profundidade a um cômodo pequeno, além disso, também podem influenciar nos sentimentos. Para que não haja erro, a arquiteta Caroline Bahia da Contraste Arquitetura, com escritório localizado no centro de São Paulo, dá algumas dicas e curiosidades sobre.

Caroline afirma que para iniciar um projeto de iluminação, antes de ir escolhendo modelos de luminárias ou lâmpadas “é preciso saber qual atividade será realizada no ambiente. Estamos falando de uma clínica? Um salão de beleza? Uma loja? Uma sala de estar? É importante ter em mente qual a sensação que quer ter ao estar nesse local, ou seja, desejamos  um clima aconchegante ou mais sóbrio? Existe algum objeto que precisa ser destacado dos demais?”. Tendo essas questões definidas, já se sabe qual a temperatura da cor a ser usada: quente (amarela) ou fria (branca).

Caroline Bahia, sócia fundadora da Contraste arquitetura, dá dicas sobre iluminação. (Foto: Divulgação)

“Voltando ao exemplo de que se trata de uma clínica, temos que levar em conta que os profissionais que trabalham ali vão precisar enxergar vários detalhes. Sendo assim, a iluminação precisa ser bem clara e não pode criar sombras, nem pontos cegos ou escuros. Por esse motivo, o ideal é que a iluminação seja fria e sem pontos focais. Ela também precisa ser homogênea por toda a extensão dessa clínica”, explica Caroline. Porém, quando o assunto é residência, é possível diversificar entre a iluminação quente e fria. “As lâmpadas frias clareiam o ambiente como um todo, e assim, podemos ler um livro nessa sala sem que a vista fique cansada, já as lâmpadas quentes trazem o aconchego necessário que uma sala de estar precisa”, resume a especialista.

A temperatura da cor não está relacionada ao calor da lâmpada, mas sim a tonalidade de cor que ela irradia. Caroline explica: “Medimos em Kelvin (K) e, sendo assim, quanto mais alta a temperatura de cor, mais clara é a luz. Ou seja, uma lâmpada com 3500K é mais quente ou “amarelada” do que uma lâmpada com 5000K, que é mais fria ou “branca”. Essas temperaturas de cor das lâmpadas podem variar entre a cor mais quente = 2700K e a mais fria = 7000K”.

Levando tudo isso em consideração, dá pra ver que os arquitetos usam diversos métodos para calcular com maior precisão a quantidade de luz necessária para cada espaço.
“Por isso, também é preciso levar em conta a quantidade de horas que se permanecerá no local, assim como, tamanho e pé direito do espaço. Analisar o tipo de mobiliário e o fluxo de pessoas dentro desse ambiente também é fundamental”, finaliza Caroline.